Robô com IA reduz tempo de separação de remédios em 90% no Hospital Oswaldo Cruz

Imagem de um robô automatizado utilizado em farmácias hospitalares. O robô está entre estantes repletas de medicamentos organizados, com braços mecânicos em movimento, demonstrando tecnologia de ponta para armazenamento e dispensação. Ambiente limpo e bem iluminado, destacando a precisão e eficiência do sistema (bd rowa, robo, hospital alemão oswaldo cruz, haoc)

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo (SP), anunciou na sexta-feira (31) a conclusão de um projeto de implementação de um robô, chamado BD Rowa, em seu almoxarifado. A solução aprimorou o gerenciamento de medicamentos, reduzindo o tempo de separação de unidades em 90% e aumentando a capacidade de processamento diário em até 75%.

Segundo o HAOC, o almoxarifado demorava até duas horas para separar 100 unidades, com cada item de estoque sendo processado em mais de um minuto. Agora, com cada item é separado em apenas sete segundos.

Em termos de volume diário, antes da automação o almoxarifado conseguia processar cerca de 400 unidades por dia. Com o robô integrado ao WMS (Warehouse Management System), software responsável por organizar e coordenar o fluxo de medicamentos e materiais no almoxarifado, o número subiu para entre 500 e 700 itens diariamente.

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“Hoje, o BD Rowa já é responsável pela manipulação de aproximadamente 10% dos medicamentos do hospital, com planos de aumentar essa capacidade em até 40%, para termos mais confiabilidade e agilidade do processo”, revela em comunicado Leonisa Scholz Obrusnik, gerente de suprimentos do HAOC e responsável pelo projeto. “O sistema também oferece um armazenamento com capacidade para até 15 mil unidades de produtos.”

O BD Rowa, desenvolvido pela empresa norte-americana BD, usa inteligência artificial também para se adaptar às demandas diárias de distribuição. Segundo a fabricante, o robô diminui em até 33% o tempo gasto necessário para localizar e separar um medicamento do estoque.

O HAOC diz que a automação também melhorou as condições de trabalho dos 37 colaboradores do almoxarifado, que não precisam mais movimentar caixas pesadas ou percorrer longas distâncias, o que aumentou a segurança. Esses colaboradores poderão se dedicar a “atividades mais técnicas”, diz o hospital, e passaram por treinamento especializado, capacitando-os a operar o sistema de separação e armazenamento de medicamentos do robô.

Outro projeto em andamento é a transição para smartphones 5G substituindo antigos sistemas de coletores. A atualização promete otimizar as operações, especialmente em áreas com baixa cobertura de Wi-Fi.

Funcionamento na prática

O processo começa com o recebimento dos itens no almoxarifado, enviados pelos fornecedores. A rastreabilidade de cada medicamento depende de códigos. Quando os medicamentos chegam em larga escala, são colocados em uma esteira automatizada do Rowa, que fotografa e registra as embalagens no sistema.

As caixas de medicação são armazenadas em “segundos”, segundo o hospital. A disposição dos itens é aleatória, controlada por inteligência artificial, que localiza cada produto apenas quando uma solicitação é feita.

Quando um setor do hospital, como a farmácia central, unidades de internação, UTI ou outros departamentos solicita um medicamento, o almoxarifado recebe a requisição digital. Então o robô encontra o item, disponibilizando para o envio manual.

Segundo o hospital, com 369 leitos e centenas de pacientes atendidos todos os dias, a automação se torna importante para ter mais agilidade e precisão na distribuição.

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