Rodrigo Scarpa, o ‘Vesgo’, detalha como foi do humor para o mercado financeiro: ‘Humorista não pode mais fazer piada’

Nesta sexta-feira, 14, o programa Pânico recebeu o humorista Rodrigo Scarpa, conhecido como Vesgo. Em entrevista, ele relembrou sua passagem pelo Pânico, fez críticas aos rumos da comédia no país e revelou como foi a mudança de carreira após se afastar da vida artística. “Não me arrependo, ainda mais vendo as loucuras que estão acontecendo no país hoje. Humorista não pode mais fazer piada, uma palhaçada, né? Humorista militante é o que mais tem. Não tinha o país dividido [quando eu estava no ‘Pânico na TV’], já era deles [de esquerda], a gente estava acostumado”, disse. Nos últimos anos, ele contou que conheceu o mercado financeiro e enxergou uma nova perspectiva de vida na oportunidade. “Um amigo me apresentou o mercado financeiro e desde então estou há quatro estudando, fazendo isso todos os dias, vendo gráficos. Descobri uma forma de ganhar dinheiro dentro de casa, com a minha filha perto. Ela nasceu em 2020, é americana. Eu trabalho também, estou próximo dela. Naquela loucura de gravação eu não conseguia. Não é pacato, você está nos Estados Unidos, tem uma praia, tem Miami. Uma vida pacata, eu gosto. Não gosto de trânsito e cidade grande”, descreveu.

Vesgo também falou sobre a sua chegada aos Estados Unidos, onde mora hoje. O humorista conta que o país tem lados bons e ruins e citou a burocracia para estrangeiros viverem no local. “Todo mundo que chega lá acha que é fácil, mas não é. Eu estava com real e gastando em dólar, época de pandemia, tive que me virar. Você vai percebendo que as coisas não são tão fáceis assim”, pontuou. “Você tem que passar por processo imigratório, concorrência absurda, um processo longo para receber o Green Card. A gente tem que mostrar nossa história, prêmios de imprensa. Eu entrei lá com o visto de habilidades especiais”, concluiu.