Salários em TI crescem só 1,37% em 2023, indica pesquisa

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Os salários da área de TI tiveram um crescimento tímido neste ano, revelou a 6ª Pesquisa Salarial, referente a 2023, realizada pela Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação (Abradisti) e pelo diretor da Remunerar e consultor da Abradisti, Marcelo Samogin.

De acordo com o levantamento, no primeiro semestre do ano, o efetivo acumulou um crescimento de 1,37% – ligeiramente maior quando comparado com o intervalo entre janeiro e dezembro de 2022, quando cresceu 0,60%.

A pesquisa é baseada em mais de 3 mil informações salariais referentes a entrevistas com 29 empresas associadas, entre julho e agosto deste ano. Ao todo, o estudo apura informações de 87 cargos, entre posições de Gestão, Técnicos, Administrativos e Vendas. A base salarial foi a de junho de 2023, que teve a inflação zerada pelo INPC.

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Marcelo Samogin destaca que a composição do pacote de remuneração dos profissionais, entre salário fixo, remuneração variável e benefícios, contribui diretamente para aumentar a competitividade da empresa para engajar os melhores profissionais do mercado.

“Avaliar o mercado com atenção ajuda a definir o melhor posicionamento da empresa e a agressividade de seu pacote de remuneração, lembrando que cada nível de cargo exige um posicionamento diferente. Os clientes, por sua vez, premiarão às empresas que melhor se posicionarem nesta competição para fornecerem produtos e serviços”, afirma no relatório.

Pedidos de demissão e home office

O questionário perguntou às empresas quais são os três principais motivos do turnover e identificou que o mais citado, com 71% das menções, foi “melhor oportunidade profissional”, seguido de questões de relacionamento (com equipe/colegas de trabalho), com 68%, e “política de remuneração e benefícios”, com 54% das respostas.

Na sequência, surgem “capacitação técnica incompatível com a função”, com 37%; e 26% de citações de “Melhor oportunidade profissional”.

Apesar de muitas empresas da área de TI terem recuado com suas propostas de home office anunciadas durante a pandemia, a maioria dos profissionais do setor prefere a possibilidade de trabalhar de casa. Segundo a pesquisa, 55% dos candidatos têm forte interesse no trabalho em casa e 36% dizem ainda ter interesse crescente.

O estudo também destacou a importância de modelos mais agressivos de bonificação para cargos de liderança. “É vital para se criar a cultura de resultados dentro da empresa”, afirma Samogin.

Para o consultor, a escolha de KPIs e OKRs é igualmente vital para o sucesso do plano de liderança, o que inclui, em sua visão, buscar um alinhamento entre indicadores de lucratividade, produtividade e qualitativos de atendimento, relacionamento e fidelização de clientes.

“Por não ter natureza salarial, como ‘premiação por produtividade’, as bonificações pagas neste formato são isentas de impostos, conforme artigo n° 461 da CLT reformada em 2017”, conclui.

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