Saldo do G20 na diminuição da pobreza: nenhum, como sempre
O encontro do G20 realizado no Rio de Janeiro reuniu autoridades dos 20 países mais ricos do mundo. O encontro tem como objetivo discutir propostas que tragam desenvolvimento para a sociedade. Neste ano, os principais temas abordados foram redução da pobreza, meio ambiente e governança global. O evento tem um aspecto mais simbólico do que prático. É uma espécie de carta de intenções, de afetação de bom mocismo por parte dos governantes, do que uma real capacidade de resolução de problemas concretos. A redução da pobreza, por exemplo, quase nunca saí de ideias dos burocratas estatais, mas de inovações do próprio mercado.
Ao contrário do que pensa o presidente Lula, a máquina de tirar pessoas da miséria ao longo do tempo foi o sistema capitalista, e não o governo. Devido à economia de mercado, o padrão de vida da humanidade é muito melhor hoje do que antes da revolução industrial. Além disso, nas regiões onde ocorreu mais capitalismo, verifica-se menor pobreza. Já, nos países com menos economia de mercado e mais Estado, o desenvolvimento econômico é bem menor.
A China, por exemplo, quando abriu a sua economia ao capital estrangeiro e se inseriu no processo de globalização (avanço do capitalismo em termos globais), tirou milhares de pessoas da pobreza. Na contramão, em lugares à margem do sistema capitalista, como a África, a miséria continua em larga escala. O maior problema da África não é a falta de dinheiro em si – até porque há muita transferência de recursos dos países desenvolvidos para o continente africano. Somente em 2022, foram transferidos quase US$80 bilhões de dólares para o continente, segundo dados de um braço da ONU.
A questão é que o dinheiro só chega para os governantes locais, não se transformando em investimentos produtivos para a população. Tal situação ocorre justamente pela ausência de mercado e excesso de parasitas do dinheiro público. O índice de liberdade econômica da Heritage Foundation mostra exatamente isso – países menos desenvolvidos são aqueles onde há menor liberdade econômica, ou seja, menos capitalismo.
O Estado não produz por si só. Quem produz e gera empregos são os empresários com trocas voluntárias com consumidores e trabalhadores. Antibióticos, vacinas, celulares, equipamentos médicos, aviões, carros, etc. são invenções trazidas por cientistas, e implementadas, viabilizadas e disseminadas por empresários, buscando seus lucros, com impactos positivos para toda a sociedade. Produzir em larga escala gera lucros para os empresários, emprego e renda para as pessoas, e torna bens e serviços acessíveis para a população, por conta redução de custos de produção (ganhos de economia de escala, eficiência)
Infelizmente, a maioria dos políticos e burocratas do G20 não enxergam o óbvio, e geralmente propõem mais Estado para reduzir a pobreza; quando na verdade, a diminuição da miséria passa justamente por menos governo. Na pratica, menos governo significa menos impostos e menor taxa de juros, elementos essenciais para estimular a produção em larga escala, gerando renda e emprego, e produtos mais baratos para a população. Se o G20 quiser reduzir a pobreza, deveria estimular o capitalismo, inclusive cortando despesas com essas viagens que não servem para nada – a não ser justificar o emprego de burocratas do Estado.