São Paulo tem o menor efetivo de fiscais em 20 anos; demanda cresce no município

São Paulo tem apenas dez agentes responsáveis pela fiscalização do Psiu para atender as reclamações de barulho e ruídos da capital. No primeiro semestre deste ano, o setor recebeu 48 mil denúncias. Destas, somente 20 mil foram atendidas. O município tem hoje o menor quadro de fiscais de rua dos últimos 20 anos. O presidente do Sindicato dos Fiscais de Posturas Municipais e Agentes Vistores de São Paulo, Mário Roberto Fortunato, ressalta que, distribuídos nas 32 subprefeituras da capital, os profissionais são responsáveis por verificar o cumprimento de mais de 800 normas do município, como código de obras, zoneamento, acessibilidade e regras do comércio.

“O melhor fiscal da cidade é o cidadão, que está na rua e denuncia. O nosso dever é atender com rapidez essa demanda. Infelizmente, não estamos conseguindo fazer esse trabalho por falta de trabalhadores”, comentou. O setor tem uma promessa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para um concurso após 20 anos do último realizado. “Ele conseguiu entender a nossa demanda e abriu 175 vagas. É pouco, mas ele disse que vai chamar mais gente”, explicou Mário Roberto Fortunato. O setor de fiscalização do município tem, atualmente, 279 agentes em trabalho operacional, o que representa um para 41 mil habitantes. Ao todo, são 325 agentes, o menor efetivo da carreira. Em 2003, havia 803 profissionais. Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que existem ferramentas de tecnologia com processo de fiscalização mais eficientes.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos.