Satélites fazem Anatel ter cautela com faixas de espectro para 6G, diz Caram

Satélites podem ganhar mais espectro no Brasil
Vinicius Caram, da Anatel, indica que satélites podem ter mais espectro (crédito: Eduardo Vasconcelos/TeleSíntese)

O crescimento da indústria de conectividade via satélite deve fazer com que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) avalie com parcimônia a destinação de faixas do espectro de radiofrequência para a vindoura tecnologia 6G.

Isso porque as conexões satelitais, inclusive as que devem chegar diretamente aos smartphones (modelo chamado de “direct to device”), podem ganhar mais frequências no futuro. A possibilidade foi ventilada pelo superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, Vinicius Caram, em painel sobre o mercado de satélites no Futurecom 2023, em São Paulo, nesta quarta-feira, 4.

“Começamos a estudar as novas faixas para o 6G, mas o setor satelital nos pediu calma para que todo o espectro não seja tomado pela rede móvel”, disse Caram. “Estamos em um momento de convergir todos os setores”, acrescentou.

O superintendente apontou que o órgão regulador tem avaliado a transformação pela qual os satélites passam, chegando, cada vez mais, aos usuários finais, em modelos de negócio B2C. Segundo ele, as tecnologias de conectividade (infraestrutura fixa, redes móveis e satélites) estão caminhando para funcionar de forma conjunta e integrada.

Disputa com redes móveis

Caram apontou que o próximo grande passo dos satélites é viabilizar uma conexão direta com smartphones. Além disso, destacou que, para promover o uso de redes móveis por satélites, a Anatel disponibiliza um painel em seu site por meio do qual é possível identificar operadoras habilitadas a operar em determinadas áreas e se estão com redes ativas ou não. “É possível solicitar um acordo de uso secundário para satélites”, ressaltou.

No momento, a Anatel promove dois sandbox regulatórios para que as operadoras de satélites usem faixas de redes móveis para desenvolver soluções capazes de entregar banda larga diretamente a smartphones. Os testes para conexão direta devem começar a ser feitos após a aprovação do conselho diretor da agência. A ideia é que o Brasil esteja na vanguarda da tecnologia.

“Teremos soluções direct to device para qualquer área do País para ter conexão simples e segura” , assegurou Caram.

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