Exclusivo: ‘Se exaltou porque estava entre amigos’, diz Bolsonaro sobre depoimento de hacker em CPMI

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que Walter Delgatti “se exaltou” no depoimento durante a manhã porque “estava entre amigos”. Bolsonaro afirmou que o “silêncio” do hacker durante o segundo tempo da oitiva, que retornou às 14h12 após o almoço, foi o ponto principal da participação de Delgatti na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro. “Silêncio do Delgatti agora à tarde foi o que mais chamou atenção. Várias contradições e em cima do que ele mesmo falou de manhã e não respondeu importantes questionamentos dos parlamentares. Se exaltou de manhã porque estava entre amigos”, disse Bolsonaro com exclusividade à Jovem Pan.

Mais cedo, o ex-presidente havia dito que o “hacker de Araraquara” estava “fantasiando” em seu depoimento. Bolsonaro admitiu que se reuniu com Delgatti no Palácio da Alvorada em um café da manhã por cerca de duas horas, mas desmentiu alguns pontos da fala do depoente, como a parte em que Walter cita que Jair Bolsonaro teria pedido para que ele assumisse a responsabilidade de grampos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época. “Ele está inspirado hoje. Teve a reunião e eu mandei ele para o Ministério da Defesa para conversar com os técnicos. Ele esteve lá [no Alvorada e na Defesa] e morreu o assunto. Ele está voando completamente”, disse Bolsonaro mais cedo “Tem fantasia aí. Eu só encontrei com ele uma vez no café da manhã [no Alvorada], não falei com ele no telefone em momento algum. Como ele pode ter certeza de um grampo? Nós desconhecemos isso, complementou.