Se Torres é omisso, quem foi alertado sobre possível ação criminosa em Brasília também é, analisa Pavinatto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira, 10, a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Viaturas da Polícia Federal (PF) foram vistas em frente a casa de Torres em Brasília. Após deixar o Ministério da Justiça com o fim do governo Jair Bolsonaro (PL), Torres ressumiu a secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele era o responsável pela pasta quando grupos invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, no último domingo, 08. A Advocacia-Geral da União pediu a prisão de Torres por omissão durante os ataques. Ele está em férias, atualmente em Orlando, nos Estados Unidos.

Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, o comentarista Tiago Pavinatto afirmou que é preciso analisar aqueles que receberam um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), já que estes também podem ter cometido crime de omissão durante os atos de vandalismo que ocorreram na Praça dos Três Poderes. “A Abin fez um relatório dizendo do risco à democracia e ao patrimônio que abriga aos Três Poderes e mandou esse parecer a 48 órgão do poder Executivo federal com antecedência necessária para que providências fossem tomadas contra esses crimes. Se o Anderson Torres tem culpa por omissão, também terá o secretário do atual governo federal que tenha recebido o relatório e que não tenha tomado nenhuma medida. Se recebo esse relatório e não faço nada, sou tão omisso quanto o outro. Isso deve ser investigado“, pontuou.

Confira o programa desta terça-feira, 10: