Segunda safra do milho começa com cortes

Pelo menos quatro diferentes consultorias privadas iniciaram 2024 com cortes na estimativa de produção da segunda safra de milho brasileira, que está em plantio no Brasil. Perspectivas de preços menos remuneradores levaram à redução na área plantada e menores projeções de colheita. Todas as empresas ouvidas atualizaram os dados agora em janeiro e a maioria delas cortou a estimativa de produção neste ciclo. A Céleres cortou em 3 milhões de toneladas a estimativa de dezembro e prevê que sejam colhidas 101 milhões de toneladas de milho na segunda safra. A StoneX reduziu em 800 mil toneladas, de 97,3 para 96,5 milhões, a projeção de produção do milho. A Safras&Mercado cortou em 3 milhões de toneladas e agora está prevendo colheita de 89 milhões de toneladas. A Pátria também cortou em quase 3 milhões e estima que 79,97 milhões de toneladas serão produzidas. A Cogo Inteligência em Agronegócio foi a única consultoria que aumentou a estimativa de safra na projeção de dezembro para cá, saindo de 91,6 para 92,08 milhões de toneladas agora em janeiro.

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A Companhia Nacional de Abastecimento prevê redução na área semeada, na produtividade e na produção do milho de inverno em relação à safra 22/23. A colheita deverá ser cerca de 11 milhões de toneladas menor. O governo projeta produção de 91 milhões de toneladas. Apesar das estimativas menores, os preços do milho acumulam queda em 2024. Dados do Cepea/Esalq base Campinas apontam recuo de 6,37% no mês. O plantio ainda está muito no início e temos o enfraquecimento do fenômeno El Niño e os efeitos de um La Niña para impactar as lavouras. A depender do resultado da colheita, os preços do milho poderão reagir em 2024.