Segurança é critério número 1 das empresas para escolher metaverso

Se ingressar no metaverso já é uma grande dúvida para grande parte das organizações, assim que elas optam por fazê-lo esbarram em outra: como escolher a plataforma ideial? Um estudo divulgado recentemente pela FIS aponta que o critério de escolha mais relevante são os padrões de cibersegurança, segundo 46% dos entrevistados.

Tecnologias de experiência do usuário (37%) e custos da plataforma e taxas de comissão (29%) aparecem em seguida. As informações foram identificadas em um estudo chamado Global Innovation Report (GIR), realizado pela FIS com dois mil executivos seniores de bancos, seguradoras, empresas do mercado de capitais e fintechs em 2022 no Brasil, Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Hong Kong, índia, Reino Unido e Singapura.

A pesquisa também indicou que, em relação a possíveis pontos de barreira para uma maior adoção ao metaverso hoje, e o ponto de maior atenção para os executivos brasileiros está relacionado à cibersegurança, com 33% – o maior percentual entre os executivos de todos os nove países pesquisados. Também aparece no mapeamento a falta de habilidades de desenvolvimento interno (31%) e preocupações com moderação de conteúdo, além de padrões comportamentais 27%.

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Para Filiberto Galarraga, diretor de negócios bancários e meios de pagamento da FIS para a América Latina, as organizações ainda estão analisando o ingresso nesse novo ambiente.  “É um processo novo, experimental, e as empresas estão verificando as contrapartidas”, diz em comunicado.

Parte considerável (83%) dos executivos C-level brasileiros ouvidos acham que o metaverso impactará fortemente as instituições nos próximos três anos. No curto prazo, em 12 meses, 79% dos executivos acreditam que o impacto também será alto. Segundo os entrevistados, o metaverso deve proporcionar o fortalecimento das relações com os clientes (47%), geração de receita (34%) e mudança nos modelos de venda e/ou distribuição.

Estratégias de ingresso

Os executivos entrevistados, considerando a importância que dão ao metaverso, dizem já ter começado a se preparar e a montar estratégias. O estudo identificou as três principais linhas a serem seguidas: adoção de novas tecnologias, aumento das habilidades e aumento de investimentos para implementação e desenvolvimento.

Quase a metade das empresas (49%) pretende adquirir novas tecnologias e 41% delas vão desenvolvê-las. Um total de 28% dos entrevistados afirmou que também planeja lançar produtos ou serviços. O mesmo percentual deve aumentar o orçamento em P&D e procurar parceiros com habilidades tecnológicas.

Em três anos, os executivos acreditam que suas empresas estarão envolvidas, por meio do metaverso, nas seguintes atividades: venda de serviços/produtos virtuais (49%), aquisição de novos clientes (44%), pesquisa do cliente (41%) e publicidade, marketing, endossos (41%).