Setor de seguros deve fechar 2022 com crescimento de 17% de arrecadação

O setor de seguros do Brasil deve fechar o ano de 2022 com crescimento de 17,1% de arrecadação, segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). O crescimento supera o observado em 2021, de 11,8%. O maior destaque neste ano para o setor foi o segmento de danos e responsabilidade, com expansão de mais de 25%. Já a cobertura de pessoas, que inclui seguro de vida e plano de previdência, deve crescer 13%. Diante do cenário, a confederação estima um crescimento de 10% em 2023. A projeção de arrecadação para 2023 leva em conta um produto interno bruto (PIB) mais robusto, com projeção da economia do país pela CNSeg de 2%. A estimativa da confederação é melhor do que a do boletim Focus, do Banco Central, que, divulgado nesta semana, apontou probabilidade de crescimento de 0,75% no próximo ano. Com os resultados de 2022, a CNSeg estima que o mercado brasileiro de seguros vai ter uma participação no PIB de 6,4%, o mesmo patamar do observado em 2021. Entretanto, para 2023 a confederação projeta uma expansão, ficando em 6,6%.

O presidente da CNSeg, Diogo Oliveira, aposta que a PEC da Transição pode agitar a economia e dar fôlego à atividade produtiva e ajudar o setor em 2023. “Sinceramente, eu acho que a questão fiscal não vai ser muito afetada em virtude desses valores que estão sendo tratados na PEC. A gente está saindo de um período de pandemia, é completamente compreensível que haja uma tensão ainda dessas pessoas que foram prejudicas, mais afetadas pela pandemia, por outro lado a retomada do investimento público também é necessária. A gente deve ter neste ano R$ 20 bilhões de investimento, e isso é completamente insuficiente para, minimamente, manter a infraestrutura do país. Então, precisa haver uma recomposição do investimento público. E essas medidas evidentemente vão impactar a atividade econômica, que também faz com que aumente a demanda por seguros”, disse Oliveira em um evento na última quinta-feira, 8, em um hotel da zona sul do Rio de Janeiro.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga