Sobe para 528 número de mortos em confrontos no Sudão, informa governo

Ao menos 528 pessoas morreram e mais de 4.500 ficaram feridas nos confrontos que começaram há exatamente duas semanas entre o Exército do Sudão e o poderoso grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR), informou neste sábado, 29, o Ministério da Saúde sudanês em comunicado. “O total acumulado de feridos é de 4.599 e foram registrados 528 mortos em todos os hospitais dos diferentes estados do Sudão”, detalhou a pasta, que indicou que estes números foram contabilizados entre o primeiro dia de combates, 15 de abril, e a quinta-feira passada. O governo enfatizou que o número de mortos pode ser muito mais elevado devido à incapacidade das equipes médicas para acessar regiões mais violentas e porque a maioria dos hospitais dos estados onde os combates ocorrem estão fora de serviço. De acordo com o Ministério da Saúde, na maior parte dos estados sudaneses existe uma “calma relativa”, com exceção da capital, Cartum, e em Darfur Ocidental, no oeste do Sudão, onde o conflito está ganhando contornos tribais e étnicos. O recrudescimento da violência em Darfur Ocidental, segundo o Ministério da Saúde, levou à “destruição do principal hospital de El Geneina”, a capital do estado em conflito, onde, em apenas dois dias, em 24 e 25 de abril, o Sindicato de Médicos do Sudão informou que mais de 70 pessoas morreram.

O ministério afirmou ter criado centros de saúde em Cartum e “melhorado a comunicação com os hospitais”, onde foram efetuadas 54 cirurgias nos últimos dias, apesar da escassez de material e equipamento médico no país. O Sudão entrou neste sábado na terceira semana de combates entre o Exército e as FAR, apesar do prolongamento de uma trégua de 72 horas que não foi respeitada em nenhum momento, mas que permitiu a evacuação de estrangeiros e o deslocamento de civis para zonas mais seguras. Segundo dados das Nações Unidas e de outras instituições, desde o dia 15 do mês passado, cerca de 50 mil pessoas fugiram do território sudanês para os países vizinhos, principalmente Chade, Sudão do Sul e Egito.

*Com informações da EFE