Soja: frete sobe 40% e não dá sinais de alívio no ano
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Os preços do frete rodoviário entre Sorriso, em Mato Grosso, e Santos, em São Paulo, uma das principais rotas do agronegócio brasileiro, estão em forte alta. Dados da consultoria Agrinvest Commodities mostram que, após oscilarem na casa dos R$ 330 a R$ 375 por tonelada no início de janeiro, os valores dispararam no fim do mês e já ultrapassam R$ 500 em fevereiro. Ou seja, uma elevação de 38,5%. A alta reflete o atraso e concentração da colheita da soja e as dificuldades logísticas causadas pelas chuvas, que impactam estradas e pontes em áreas de Mato Grosso.
Essa rota Sorriso-Santos é crucial para o escoamento da safra de Mato Grosso, um dos maiores produtores de soja e milho do Brasil, até o porto de Santos, principal ponto de exportação do país. Com o transporte comprometido e os custos em alta, produtores e exportadores estão em alerta. No fim do ano passado, a Esalq-Log apontou que a pressão nos fretes era uma tendência para esse início de ano. Em janeiro, o preço do frete a nível Brasil subiu 8% na comparação com dezembro.
O grupo de pesquisa revela ainda que no Paraná, estado onde a colheita da soja está mais avançada, houve uma alta de 39% em janeiro na rota de Cascavel até o porto de Paranaguá. O mercado agora observa o ritmo da colheita de soja. Até o momento, os trabalhos de campo atingem 9% da área no Brasil. Ou seja, ainda há 91% da safra para colher nas próximas semanas sem sinais de alívio breve para a logística e eventuais reduções dos custos.