Startups latinas do setor de seguros receberam US$ 667 mi desde 2018

Gustavo Gierun, unicórnios brasileiros, Distrito, startup

As startups que atuam no setor de seguros – as ‘insurtechs’ – da América Latina receberam US$ 667 milhões de investimentos entre 2018 e 2024. É o que indica um relatório da Distrito, o InsurTech Report 2024. O relatório aponta também tendências para o setor, incluindo o uso de inteligência artificial e a crescente necessidade de proteção para eventos cibernéticos.

Segundo o relatório, as empresas do segmento no Brasil concentram grande parte dos aportes e do número de rodadas.

Desde 2018, foram 107 rodadas de investimentos com insurtechs na América Latina. A maioria com empresas brasileiras (71 deals). Em volume de recursos, as startups brasileiras receberam US$ 553,8 milhões.

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O País detém também o maior número de empresas do segmento na região, com 57,2% das 250 identificadas na América Latina pelo Distrito. O México tem 18,4% e a Argentina 9,2%, completando os três primeiros lugares.

“Embora o mercado de seguros seja gigantesco, representando 6,5% do PIB brasileiro, ainda existe muito espaço para crescer, sobretudo nos nichos, onde já atuam a maior parte das insurtechs da região”, diz Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito.

A startup Alice, que atua no segmento de saúde, foi a que recebeu o maior aporte em uma única rodada: US$ 127 milhões em série C em 2021. A empresa aparece de novo na quinta posição com um série B de US$ 33,3 milhões em 2021.

Na lista das dez maiores rodadas, oito são brasileiras (Alice duas vezes, Minuto Seguros, Pottencial, Justos, Cilia, Pier, Sami), uma chilena (Avla) e uma mexicana (Sofia).

Nichos e tendências

Segundo o relatório, a maioria das insurtechs (60,82%) atuam em mais de um nicho de produtos de seguros. O restante está em nichos específicos, como seguro de automóveis, saúde e vida.

A categoria de “oferta e atendimento” é a mais representativa, com 52,4% do total das 250 startups do setor na América Latina. A categoria “plataformas de inteligência de dados e risco” representa 30%.

Em termos de tendências, o relatório aponta que a inteligência artificial é tendência para o segmento, uma vez que ele depende de coleta e análise de dados intesas. A startups podem usar IA em diversas fases da cadeia do seguro: análise de risco, avaliação de prêmio, detecção de fraudes, melhoria da experiência do cliente etc.

Segundo o Distrito, o uso de IA no segmento ajuda a aumentar a produtividade, diminuir erros e eliminar documentos físicos.

O Distrito aponta outras duas tendências no setor: seguros contra ataques cibernéticos e embutidos (embedded insurance), aqueles que vem “incorporados” em outros produtos e serviços.

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