Super Bowl 2023: 40 terabytes de dados por Wi-Fi

Executivos discutem sobre eventos como o Super Bowl no Cisco Live 2023

Há cinco anos, o Super Bowl bateu seu, até então, recorde de tráfego de dados: 4,6 terabytes. O marco, entretanto, não chega perto da edição desse ano, que ocorreu no Arizona State Farm: 40 terabytes.

A próxima celebração acontecerá no Allegiant Stadium, Las Vegas – cidade que também sedia o Cisco Live 2023. Matthew Pasco, vice-presidente de TI do Las Vegas Raiders (time de futebol americano que tem como sua casa o Allegiant), foi um dos convidados para o primeiro painel do evento da empresa de tecnologia, e contou mais sobre a expectativa de receber a final da NFL.

“Não são apenas dispositivos padrão, dispositivos Raiders ou do estádio, que estão na rede. É sobre construir sistemas de gestão. Temos ar-condicionado, iluminação, luzes, endereços IP. Tudo isso construído em um único Wi-Fi. Estamos iniciando esse processo agora. O Super Bowl é o maior evento esportivo do mundo, chama a atenção do mundo. Nós já começamos nossas reuniões com a NFL e um monte de outras agências governamentais de três letras”, diz Matthew.

O executivo explica que estão hackeando eticamente sua própria rede e têm, além da Cisco, cerca de sete ou oito fornecedores de segurança cibernética. “Estamos constantemente tentando quebrar nosso próprio material para garantir que permaneçamos seguros e protegidos.”

Ken Martin, diretor de eventos de esportes, mídia e entretenimento globais da Cisco e mediador da conversa, abriu as discussões sobre segurança também com Jeff Crist, CIO global da MGM Resorts International, focando na importância de assegurar a proteção, por exemplo, nas transações financeiras ao fazer apostas.

“É interessante a rapidez como o mercado evoluiu porque, nos velhos tempos do cassino, o direito dependia muito da segurança física. Então foram as câmeras e a rede de segurança do cassino para que as coisas pudessem conversar entre si e conversar com a Internet. Eram sistemas de hospitalidade isolados. Há cinco ou seis anos, seguimos de uma maneira diferente, processos diferentes, tecnologia diferente e segurança de cima a baixo, com tudo agrupado”, revela.

Se tornando, cada vez mais, palco de grandes eventos, como a Fórmula 1 e o Super Bowl, Jeff acredita que a tecnologia cria os recursos para impressionar os convidados. ”A fundação [tecnológica] permite que você dimensione, mova e mude conforme necessário. Nós pensamos em uma rede convergente agora, em vez de construir essas pilhas de diversas tecnologias. Pense sobre o gerenciamento disso para os custos associados à sustentabilidade no topo da mente de todos. Se podemos convergir essa rede e usar menos equipamentos, estamos fazendo bem não apenas para nossa empresa, mas também economizando energia.”

Sobre a conectividade mais adequada, Matthew diz acreditar que o Wi-Fi e o 5G andam de mãos dados. “Você tem que ter os dois. Houve rumores de que o 5G iria matar o Wi-Fi. Isso não vai acontecer, pelo menos não tão cedo. Alguns fãs podem optar por se conectar à rede. Outros podem operar pelo celular, mas eles trabalham lado a lado.”

Ele exemplifica a importância da conectividade para a experiência citando que o estádio tem armários em que um torcedor pode comprar uma camisa no caminho para o jogo, pegá-la no locker e nunca passar por uma loja.

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*a jornalista viajou para Las Vegas a convite da Cisco