Tarcísio vai pedir a Aneel ‘resposta rápida’ e medidas de prevenção após apagão em São Paulo: ‘Vulnerabilidade imensa do sistema’

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), disse que pretende cobrar “velocidade na resposta” durante reunião na tarde desta segunda-feira, 6, com a diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e autoridades do setor. Em conversa com a Jovem Pan, ele afirmou que as fortes chuvas demonstraram “uma vulnerabilidade imensa” no sistema de energia do Estado. “É importante saber que instrumentos a Aneel vai utilizar para exigir resposta e mais investimentos no sentido de não permitir que situações como essa se repitam”. “Chuvas como a de sexta devem se tornar cada vez mais comuns”, completa.

Tarcísio também diz querer uma atualização forte do Procon de São Paulo na questão. Segundo ele, mais de 200 notificações de falta de energia e atendimento foram registradas até agora – e cada uma delas vai originar um processo, em que as multas podem chegar a R$ 13 milhões por processo. “Obviamente, todo rito de ampla defesa e contraditório será obedecido. Mas a ideia é o Procon atuar fortemente”, explica o chefe do Executivo paulista, que vai pedir indenizações à população.

Na madrugada desta segunda, a Enel Distribuição São Paulo registrou 540.779 clientes desligados, relacionados às fortes chuvas e ventos que atingiram a área de concessão na tarde da última sexta-feira, 3. No total, já são mais de 1,5 milhão de clientes normalizados em relação ao pico atingido na contingência (2,1 milhões).As regiões mais afetadas continuam sendo: Oeste e Sul, com 224 mil clientes e 160 mil clientes, respectivamente.

Prefeitura de São Paulo

Aliados do prefeito de São Paulo ouvidos pela reportagem afirmam que Ricardo Nunes (MDB) deve cobrar um “posicionamento forte da Aneel e do governo federal contra a concessionaria”, além de  “indenização, multa, novas equipes para situações emergenciais, desconto na conta de energia”, entre outros.