Treinador dos EUA expõe comportamento de jogador na Copa e causa polêmica

Os bastidores da seleção dos Estados Unidos não estão bons após a Copa do Mundo. A equipe foi eliminada nas oitavas de final para a Holanda e na última terça-feira, viu uma bomba ser explodida pelo treinador Gregg Berhalter. Em discurso na Cúpula do Institute for Society sobre Liderança Moral, o técnico afirmou que teve um atleta da seleção que não correspondeu com o esperado dentro e fora de campo e que até foi cogitado seu corte da delegação no Catar. Rumores começaram a crescer sobre quem seria o atleta, apontando para Giovanni Reyna, do Borussia Dortmund. Nesta segunda, o meio-campista utilizou as redes sociais para confirmar o caso. “Esperava não comentar assuntos da Copa do Mundo. Acredito que as coisas que acontecem em um ambiente de equipe devem permanecer privadas”, escreveu o jogador. “Pouco antes da Copa, o técnico Berhalter me disse que meu papel no torneio seria muito limitado. Eu fiquei arrasado. Sou alguém que joga com orgulho e paixão. O futebol é a minha vida e acredito nas minhas capacidades. Eu esperava e queria desesperadamente contribuir para o jogo de um grupo talentoso enquanto tentávamos fazer uma declaração na Copa do Mundo. Também sou uma pessoa muito emotiva e reconheço plenamente que deixei minhas emoções tomarem conta de mim e afetaram meu treinamento e comportamento por alguns dias depois de saber sobre meu papel limitado. Pedi desculpas aos meus companheiros de equipe e ao técnico por isso, e me disseram que estava perdoado. A partir daí, me livrei da decepção e dei tudo de mim dentro e fora de campo”, esclareceu.

Reyna foi reserva em toda a competição, tendo entrado em campo apenas contra a Inglaterra, na fase de grupos, e contra a Holanda nas oitavas. Na publicação ele diz ter ficado decepcionado que a história veio a público. “O técnico Berhalter sempre disse que os problemas que surgem com a equipe ficarão “internos” para que possamos nos concentrar na unidade e no progresso da equipe. Amo meu time, amo representar meu país, e agora estou focado apenas em melhorar e crescer como jogador de futebol e como pessoa. Espero que, no futuro, cada pessoa envolvida no futebol dos EUA se concentre apenas no que é melhor para a seleção masculina, para que possamos ter grande sucesso na Copa do Mundo de 2026″, finalizou. O hábito de expôr relacionamentos internos não é comum em seleções, o que deve apontar a saída de Berhalter do comando da seleção dos EUA nos próximos dias.