Trens urbanos do Rio vivem escalada de criminalidade com um assalto a cada dois dias

A SuperVia, concessionária que administra os trens urbanos do Rio de Janeiro, fez um levantamento que mostra a escalada da violência no sistema ferroviário local. Até o último dia 7, foram contabilizados 81 casos de assaltos e arrastões contra passageiros e estações, ou seja, um assalto a cada dois dias ao longo de 2023. Já o número de ocorrências contra os colaboradores da empresa chamam atenção porque já supera os do ano passado. Em 2022, foram 13 ocorrências deste tipo, enquanto este ano já são somados 21 casos de profissionais assaltados nos postos de trabalho. Além disso, as caixas de impedância viraram alvo rotineiro de furtos. Responsável por abastecer as subestações de energia alimentadoras do transporte ferroviário, a peça, que custa 40 mil reais, já foi furtada 104 vezes este ano. Em 2022, foram 46 furtos do equipamento que fica enterrado e oferece grande risco de morte para quem o manuseia sem os devidos cuidados, em razão da tensão elétrica que comporta. 

A SuperVia esclarece que seus agentes, que atuam ao longo 270 quilômetros de trilhos, não têm poder de polícia para prevenir e coibir ações de natureza criminal. A empresa informa também que, conforme o contrato de concessão, cabe ao Poder Público zelar pela segurança dentro do sistema ferroviário. A concessionária reitera que vem adotando todas as medidas possíveis para garantir a integridade de seus colaboradores, inclusive oferecendo suporte psicológico por meio de seu Núcleo de Saúde Mental, no qual 136 funcionários estão sendo atendidos no momento. destes 14 estão afastados.