Trindade nega surpresa com disputa no PT pelo comando da Petrobras: ‘Querem estar onde há mais dinheiro’
Com poucos dias para que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicie seu governo à frente do Executivo federal, ainda há uma série de nomeações que estão pendentes de ser anunciadas. Entre elas, o nome que irá comandar a Petrobras pode ter uma reviravolta. Isso porque o senador Jean Paul Prates (PT) era considerado um dos favoritos para comandar a estatal, mas a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) passou a articular para que sua indicação, o ex-ministro-chefe da Secretaria de Portos Maurício Muniz Barretto de Carvalho, seja o escolhido por Lula para administrar a petroleira. De acordo com o site O Antagonista, há quem defenda o nome da própria Dilma para o cargo de chefia da Petrobras, mas a ex-presidente prefere que um aliado comande a estatal. Caso a indicação se concretize, Prates seria acomodado em um eventual retorno do Ministério da Pesca.
Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, o comentarista José Maria Trindade afirmou não estar surpreso com a batalha interna no Partido dos Trabalhadores em busca do nome que irá comandar a Petrobras. “Não me surpreende, o PT faz questão de estar onde há um fluxo maior de dinheiro. Até humilhação se aceita aqui em Brasília, mas perder dinheiro, não. A gente vê, de novo, a tomada dos principais locais do governo onde há um fluxo de capital maior”, disse. O analista também ressaltou que o ex-governador de Alagoas e senador eleito Renan Filho (MDB-AL) – que tem como pai o senador Renan Calheiros (MDB-AL) – deverá chefiar todas as estatais e órgão federais ligados à petroleira, já que o mesmo é forte candidato a ser nomeado ministro das Minas e Energia. “A composição do governo Lula está completa na cabela dele. Nesta semana, todos os nomes já podem estar indicados. Mas 37 ministérios são pastas demais. Pode ser que alguém chegue na Esplanada dos Ministério e, quando abrir o cofre, não há dinheiro”, pontuou.
