Trump é alvo de 37 acusações criminais em caso de documentos sigilosos da Casa Branca

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump é alvo de 37 acusações de documentos sigilosos levados da Casa Branca, segundo a ata de acusação, divulgada nesta sexta-feira, 10. Ele está sendo acusado de manter ilegalmente sob sua posse arquivos sensíveis sobre os programas nucleares e de defesa dos Estados Unidos. O Departamento de Justiça informou que, quando Trump deixou a Casa Branca, em janeiro de 2021, levou consigo arquivos sigilosos do Pentágono, da CIA, da Agência de Segurança Nacional (NSA) e outras organizações de inteligência. Trump manteve os arquivos sem segurança em sua residência, em Mar-a-Lago, na Flórida, onde organizava regularmente grandes eventos sociais com dezenas de milhares de convidados, segundo a ata de acusação, apresentada em um tribunal da Flórida. Em ao menos duas ocasiões, o ex-presidente mostrou documentos secretos sobre operações e planos militares americanos a pessoas que não estavam autorizadas a vê-los em seu clube de golfe em Bedminster, Nova Jersey.

Os documentos que Trump levou “incluíam informação sobre as capacidades de defesa e armas, tanto dos Estados Unidos quanto de outros países, os programas nucleares dos Estados Unidos, as possíveis vulnerabilidades dos Estados Unidos e seus aliados ante um ataque militar e os planos para possíveis represálias em resposta a um ataque estrangeiro”, sustenta a acusação. “A divulgação não autorizada destes documentos sigilosos poderia pôr em risco a segurança nacional dos Estados Unidos”, acrescenta. Trump foi indiciado por 37 acusações, que incluem retenção deliberada de informação de defesa nacional, conspiração para obstruir a justiça, ocultamento corrupto de documentos e declarações falsas. As acusações, apresentadas pelo promotor especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, podem levar a até 20 anos de prisão cada uma. Um assistente de Trump, Walt Nauta, é alvo de seis acusações por ter ajudado Trump a ocultar os documentos.

*Com informações da AFP