Confira tudo o que aconteceu no IT Forum Praia do Forte 2024!

O IT Forum Praia do Forte 2024, que encerrou no domingo (25), marcou o retorno dos fóruns de tecnologia do IT Forum à Praia do Forte. 

A noite começou com a aguardada cerimônia de premiação do Executivo de TI do Ano 2024. Desde 2001, o IT Forum realiza esse prêmio para reconhecer os profissionais que se destacaram no setor de tecnologia.  

Neste ano, os premiados nas categorias de bens de consumo, utilities, holdings e grupos empresariais, e serviços financeiros foram homenageados e participaram do painel “A IA é para todos?”. No debate, Alaine Charchat, diretora LATAM de IT&D do Grupo Reckitt; Caue Vicente, CTO da NUV Energia do Grupo Vivaz; Marcello Borges, CIO da Queiroz Galvão; e Paulo Scrideli, vice-presidente sênior de Tecnologia e Digital da Sem Parar, discutiram que a IA deve ser integrada a todas as áreas da empresa, não apenas ao setor de tecnologia. 

Vicente, da NUV Energia, destacou: “O maior aprendizado é que a IA é para a empresa, não apenas para a área de tecnologia.” Ele enfatizou que uma estratégia de IA deve envolver todas as áreas da organização para garantir uma implementação bem-sucedida. 

No segundo painel da noite, os vencedores André Petenussi, CTO da Localiza&Co; Cesar Santos, CIO da Claro; Claudia Marquesani, CIO da Copa Energia; Humberto Garron, CIO da BAT para América do Sul; e Marcos Stahl, CIO da Fundação Bradesco discutiram os desafios comuns da transformação digital.  

Petenussi destacou que “o que habilita a transformação é uma mudança cultural”, e os debatedores concordaram que pessoas e segurança são essenciais nesse processo. 

O terceiro painel, “IoT e conectividade: motores da inovação”, contou com a participação de Claudia Muchaluat, presidente da Intel Brasil; Gustavo França, CIO global e CDO da Gerdau; e João Vitor Silva, gerente de TI da Direcional Engenharia; também vencedores da premiação. Durante o painel, eles discutiram os desafios e oportunidades do IoT no Brasil. 

Claudia apontou que a expansão do IoT depende de três pilares: formação de mão de obra especializada, pesquisa e desenvolvimento, e segurança, e destacou a importância da regulamentação e da colaboração entre o setor público e a iniciativa privada. 

A primeira noite de conteúdo foi encerrada com um painel sobre ESG, com a participação dos executivos vencedores Humberto Moisés, CIO da Ipiranga; Marco Andriola, diretor de tecnologia da Rumo; e Tania Cosentino, CEO da Microsoft Brasil.  

Tânia Cosentino afirmou que “é fundamental que as iniciativas ESG não sejam tratadas como adicionais, mas como parte integral da estratégia de negócios.” Ela enfatizou que o tema ESG deve estar enraizado na cultura empresarial e permeando todas as áreas e decisões. 

“É realmente impressionante perceber que nós dependemos do mundo e não que o mundo precisa de nós”. Foi com essa reflexão que Marga Hoek, pensadora global em Negócios Sustentáveis, Capital e Tecnologia, abriu o segundo dia do IT Forum Praia do Forte. 

Durante a sua palestra, “Business for good: como acessar US$ 130 trilhões para um futuro sustentável”, Marga explica que ainda que estejamos em um caminho melhor do que esperado, é apenas uma estagnação do desastre climático. Ou seja, não está tão rápido, mas para que possamos ter um equilíbrio novamente, é necessário virar o jogo. 

Após a apresentação da executiva internacional, Elena Morettini, head global de Negócios Sustentáveis da Globant; Flavia Freitas, head de Responsabilidade Social Corporativa da IBM América Latina; Monica Jaén, diretora de Sustentabilidade da EcoRodovias; e Renata Ruggiero Moraes, diretora-executiva do Instituto CCR e diretora de Responsabilidade Social, Sustentabilidade e Inovação da CCR S.A., subiram ao palco para debaterem a inovação como pilar da sustentabilidade.

Nele, as executivas afirmaram que a sustentabilidade não deve estar longe dos olhos da inovação das corporações, citando iniciativas como IA e transição energética.“Hoje temos alguns caminhos, quando definirmos o melhor, mudará muito as nossas vidas”, afirma Monica.

No painel seguinte, discutiu-se o acelerado ritmo da transformação tecnológica, que não mostra sinais de desaceleração. A necessidade de inovação sustentável para a continuidade da transformação dos negócios foi o tema central da conversa “Sustentabilidade e Negócios“, com Nelson Campelo, CEO da Atos; Cleber Morais, presidente da AWS Brasil; e Roberto de Carvalho, vice-presidente da Dynatrace para a América do Sul.

“O consumo vai continuar crescendo. Estamos falando de IA generativa, que exige uma infraestrutura robusta, mas também temos empresas que têm a inovação no DNA”, ponderou Cleber Morais, presidente da AWS Brasil. “Portanto, é uma corrida. De um lado, há demandas cada vez maiores; do outro, a inovação tecnológica, que permitirá equilibrar essa equação.”

Talk show do parceiro

Débora Ignacio Bortolasi, diretora-executiva B2B da Vivo, foi a executiva convidada para participar do Talk show do CEO e deu detalhes de como a empresa olha para tecnologia e ESG. 

“É essencial alinhar tecnologia e sustentabilidade, e a Vivo tem se dedicado a construir parcerias que ajudem as empresas a atingir suas metas ambientais”, comenta ela. 

Além disso, no outro talk show, Kauê Melo, diretor sênior da divisão de B2B da Samsung Brasil, apresentou as novas estratégias da empresa voltadas para a sustentabilidade e inovação tecnológica. Melo detalhou como a Samsung está integrando Inteligência Artificial (IA) para melhorar a eficiência e promover práticas sustentáveis.

O executivo ressaltou na ocasião a importância das tecnologias emergentes na construção de um futuro sustentável: “Estamos alinhando nossas tecnologias emergentes com a sustentabilidade. A integração de IA está sendo aplicada para melhorar a eficiência e reduzir o impacto ambiental em diversos aspectos dos nossos produtos e operações”.

Uma sociedade baseada em dados

Para o segundo momento de conteúdo do dia, Ott Velsberg, Chief Data Officer (CDO) da Estônia, apresentou os cinco princípios que orientam as ações do país em dados e IA: estratégia centrada no cidadão; disponibilidade; proatividade; confiabilidade; e empoderamento. “O Estado tem que estar presente para apoiar tanto empresas quanto cidadãos para garantir que sejam bem-sucedidos”, ressaltou.

Já no painel seguinte, o foco foi a democratização do acesso à tecnologia impulsionada pelas novas inovações. Contudo, esse avanço traz consigo uma série de riscos, resultando em uma verdadeira guerra cibernética. Esse tema foi abordado no painel com Cintia Barcelos, diretora-executiva da tecnologia do Banco Bradesco; Rodrigo Rodrigues, VP de Tecnologia da Serasa; e Wanderley Baccala, diretor do Hub Digital da Globo.

Para os executivos, a melhor estratégia para driblar os atacantes é a junção de pessoas e tecnologia. “[Com a tecnologia] entendemos como ele ataca, qual o seu comportamento e como opera, qual a complexidade do seu ataque para aprender e adaptar em tempo real as defesas e retroalimentar as regras de defesa”, explica o VP de tecnologia da Serasa.

A abertura do terceiro e último dia de conteúdo foi conduzida por Moojan Asghari,  fundadora da Women in AI, uma organização sem fins lucrativos dedicada a encorajar jovens mulheres a seguirem carreiras no setor de inteligência artificial.

Para Moojan, a IA não é apenas uma tecnologia, mas uma “extensão da humanidade: de todos os nossos valores, vieses, histórias e dramas enquanto seres humanos. É como uma criança, e criá-la é algo muito importante, que reflete o melhor da humanidade”, explicou, reforçando o tema da diversidade. “No entanto, há um perigo aí: os sistemas de IA atualmente carecem de diversidade. Sem diversidade, corremos o risco de incluir vieses em sistemas de IA que replicarão e perpetuarão iniquidades e estereótipos”, alertou.

Ainda falando sobre IA, Marcelo Braga, presidente da IBM Brasil; e Marcio Aguiar, diretor da divisão enterprise da NVIDIA para a América Latina subiram ao palco para conversarem sobre as nuances e as perspectivas futuras da tecnologia.

De acordo com Aguiar, a nova IA tem apenas 12 anos e, muitas vezes, “superestimamos a capacidade dela. Mas é uma tecnologia que vem se desenvolvendo. É importante termos o olhar crítico e não generalizarmos tanto a conversa sobre IA”, alerta. Braga concorda dizendo que é importante ter maturidade para entender sobre qual tecnologia está sendo discutida e como ela pode ser útil para o negócio.

O IT Forum Praia do Forte concluiu com uma imersão completa em conteúdo, relacionamento e negócios. O evento abordou tendências, soluções, inovações, dilemas e desafios da TI. No segundo encontro, a grande provocação sobre o tema sustentabilidade e a responsabilidade do setor de tecnologia em promover um mundo mais sustentável e equitativo certamente provocou a comunidade de TI.

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