Um ano após a implosão da FTX, novas criptomoedas revolucionam o mundo dos investimentos

O mundo assistiu incrédulo à implosão da FTX na segunda semana de novembro de 2022. O colapso da terceira exchange do mundo em volume de transações, com mais de um milhão de usuários, representou um antes e um depois na história das criptomoedas, que deixaram para trás o Velho Oeste característico de seus inícios para dar lugar à regulação e à transparência, elementos considerados não apenas desejáveis, mas necessários, para quem busca maiores garantias na hora de investir. O primeiro aniversário da declaração de falência da FTX coincidiu com o fim do julgamento de seu CEO, Sam Bankman-Fried, que foi considerado culpado de sete acusações criminais por fraude. Embora a ação da justiça tenha sido rápida, as repercussões que resultaram no declínio da confiança no mercado cripto ainda são palpáveis, e há um longo caminho a ser percorrido até a restituição dos 8 bilhões de dólares perdidos pelos investidores com o colapso da empresa.

Por outro lado, é consenso entre os analistas que a febre regulatória potencializada pelo desastre da FTX teve efeitos positivos na indústria a longo prazo, e funcionou como catalisador para o surgimento de criptoativos mais transparentes. O otimismo diante da possível aprovação do ETF do Bitcoin nos Estados Unidos, que deve abrir as portas para uma inundação de dinheiro de investidores institucionais, poderá fazer de 2024 um ano positivo para o mercado. Ao mesmo tempo, outros ativos além do Bitcoin têm ganhado espaço no mercado, dado o crescente interesse dos brasileiros por moedas alternativas. Atualmente, 80% das transações de criptomoedas no Brasil são feitas em USDT.

A ascensão das novas criptomoedas

As criptomoedas de última geração estão incorporando os ensinamentos deixados pela quebra da FTX para se distanciar das moedas pioneiras. É o caso da Unicoin, uma criptomoeda respaldada por um portfólio imobiliário avaliado em mais de US$1 bilhão e por ações de empresas em crescimento selecionadas pelo reality show “Unicorn Hunters”. A carteira de ativos imobiliários da Unicoin é constituída, em parte, pelas propriedades adquiridas através do seu programa 140, que negocia imóveis em troca de unicoins a 140% do seu valor de avaliação. Esta modalidade de intercâmbio possibilitou a concretização dos três maiores acordos de aquisição de propriedades com criptomoedas do mundo, incluindo terrenos no Caribe por um valor equivalente a 680 milhões de dólares, um resort na Tailândia por 335 milhões de dólares e uma mina de cobre na Argentina por 210 milhões de dólares.

Ao ser respaldada por ativos reais, o objetivo da Unicoin é reduzir a volatilidade associada às criptomoedas tradicionais e oferecer uma opção auditável e transparente para os usuários. Considerando as análises da Coindesk de que o valor do Bitcoin está em um ponto de aceleração e pode atingir seu recorde histórico no próximo ano, a expectativa é que isso beneficie todo o mercado cripto, e os usuários não querem perder esse trem.