Um terço das startups brasileiras tem mulheres no quadro societário

Pouco mais de três a cada 10 (32%) das startups brasileiras possuem ao menos uma mulher nos quadros societários. No entanto, a presença delas entre as sócias é maioria (55%) entre essas empresas que obtiveram captação: 55% do valor investido em venture capital em 2024 foi para startups que contavam com mulheres no quadro societário, valor maior do que os 29% registrados em 2023.
Os dados fazem parte de um estudo recente da Liga Ventures chamado Startup Landscape: Lideranças Femininas 2025, que busca medir a evolução do ecossistema de startups no Brasil no que diz respeito à presença de mulheres.
“A boa notícia é que, mesmo em menor número, startups com mulheres como sócias captaram um volume maior de investimentos do que as demais. Isso não é coincidência, é competência”, diz em comunicado Alana Fernandes, partner and innovation project manager da Liga Ventures. “Mas ainda há um desafio grande a ser superado: garantir que essa evolução continue, abrindo ainda mais espaço para a liderança feminina e para um ambiente de inovação verdadeiramente diverso.”
Para o estudo foram usados dados da ferramenta Startup Scanner, criada pela Liga Ventures para identificar e acompanhar startups do Brasil e da América Latina. O objetivo é conectá-las a grandes empresas, pesquisadores e empreendedores.
Startups e mulheres
As categorias de startups ativas que tem o maior número de mulheres em cargos de liderança são as fintechs (19%), agtechs (18%), healthtechs (14%), foodtechs (11%) e edtechs (11%). O estudo mostra também que 12% das startups com mulheres no quadro societário aplicam inteligência artificial, e 23% delas têm até cinco funcionários, 26% possuem entre 6 e 15 e 27% de 16 a 50. Somente 12% possuem mais de 100 colaboradores.
O levantamento traz ainda os estados com maior distribuição de startups ativas com mulheres no comando. Em primeiro lugar aparece São Paulo (51%), seguido de Santa Catarina (9%), Minas Gerais (7%), Rio de Janeiro (7%), Rio Grande do Sul (7%), Paraná (6%), e Espírito Santo (3%).
Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das startups mapeadas, onde 42% são emergentes, 23% estão estáveis, 18% são nascentes e 17% delas disruptoras. Já referente ao público-alvo, o levantamento mostra que 62% delas têm como foco o mercado B2B, 33% o B2C e 16% outros.
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