União dos Três Poderes após atos de violência enfraquece oposição a Lula, analisa Kobayashi

Manifestantes invadiram os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e o Palácio do Planalto na tarde do último domingo, 8. Depredações, vandalismo e roubos foram registrados dentro dos edifícios. Em meio aos atos, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi exonerado e foi alvo de pedido de prisão preventivo por parte da Advocacia-Geral da União. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal também determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), por 90 dias. Mais de mil pessoas devem serem indiciadas, informou a Polícia Federal durante a tarde desta segunda. Os presidentes dos Três Poderes divulgaram nota conjunta na manhã desta segunda feira, 8, repudiando os atos de vandalismo que ocorreram em Brasília no dia anterior. “Os poderes da República, defensores da democracia, da carta Constitucional de 1988, rejeita os atos terrorista, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília”, diz trecho do documento. O documento foi assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pelo presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rego (MDB-PB), pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber. Pela manhã, o chefe do Executivo federal se reuniu com a ministra Rosa Weber e com o deputado Artur Lira, no Palácio do Planalto, após as invasões. Lula também convocou uma reunião com governadores nesta segunda feira.

Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, o comentarista Nelson Kobayachi afirmou que qualquer que fosse o objetivo dos manifestantes durante os atos de vandalismo realizados em Brasília, não teria como dar certo. “O que pensavam estes manifestantes quando adentraram no Congresso, no STF e no Palácio do Planalto? Será que alguém imaginava que, a partir daquele momento, o presidente Lula não seria mais governante? Que algum daqueles manifestantes seria o novo presidente da República? Não tem o que poderia dar certo. Se eles queriam um golpe, deu errado. Se eles buscavam se manifestar e convencer a nação, deu muito errado. Se eles queriam fortalecer a causa e a pauta, deu mais errado ainda”, pontuou. O analista ainda ressaltou que o ato uniu os Três Poderes e minou as chances de fiscalização entre as entidades. “Isso destrói a oposição nesse momento político de início de governo. Oposição ao governo e, agora, aos Três Poderes juntos precisará se reestruturar e procurar pessoas que tenham capacidade de unir com racionalidade a oposição para que a direita possa se reerguer a partir desses atos”, finalizou.

Confira o programa desta segunda-feira, 9: