União Europeia aprova primeiro projeto para regular uso de inteligência artificial


Apesar do bloco acatar o texto que visa regular a A.I., os legisladores precisarão conversar com os países europeus para que o projeto de lei entre em vigor. A medida visa estabelecer um padrão no uso da tecnologia, desde fábricas automatizadas a bots como o ChatGPT
Reuters/Florence Lo
Os parlamentares da União Europeia (UE) concordaram nesta quarta-feira (14) com as mudanças no projeto de regras que visa regular a inteligência artificial propostas pela Comissão Europeia.
A medida visa estabelecer um padrão no uso da tecnologia, desde fábricas automatizadas aos bots (robôs), como o ChatGPT. E, caso aprovada, essa será a primeira grande lei – chamada de A.I. Act – que regula esse mercado.
Os legisladores agora terão que discutir detalhes com os países da União Europeia antes que o projeto de lei entre em vigor. Na Itália, por exemplo, há uma discussão sobre banir o ChatGPT até que ele se enquadre na lei de proteção de dados da UE.
O ChatGPT atraiu a atenção nos últimos meses com a capacidade de ter resposta para quase tudo. O serviço teve o crescimento mais rápido da história ao alcançar mais de 100 milhões de usuários ativos mensais.
“A IA levanta muitas questões – social, ética e economicamente. Mas agora não é hora de apertar nenhum ‘botão de pausa’. Pelo contrário, trata-se de agir rápido e assumir responsabilidades”, disse o chefe da indústria da UE, Thierry Breton.
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Para a UE, outro grande problema da inteligência artificial é o reconhecimento facial e a vigilância biométrica. Alguns legisladores querem uma proibição total, enquanto os países da União Europeia querem uma exceção para fins militares, de defesa e segurança nacional.
Segundo o New York Times, a votação é uma etapa de um processo mais longo. A versão final da lei não deve ser aprovada até o final deste ano.