V.tal reduz lucro no 1º tri com aquisição da Nio, mas cresce em receita
A V.tal reportou nesta quinta-feira, 15 de maio, receita de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA foi de R$ 850 milhões, com margem de 44,7%. Já o lucro líquido caiu de R$ 230 milhões no primeiro trimestre de 2024 para R$ 24 milhões neste ano.
De acordo com a empresa, a retração no resultado líquido decorre dos custos iniciais de integração da Nio, nova empresa criada a partir da base de 3,9 milhões de clientes comprada da Oi. A Nio passou a ser consolidada no balanço da V.tal em março. Segundo o comunicado, a operação da Nio é autônoma, com estrutura, governança e sede próprias.
A aquisição da Nio amplia a atuação da V.tal no varejo residencial e entre pequenas e médias empresas, segmento que se soma aos três pilares já estruturados da operadora: conectividade por fibra óptica no atacado, soluções para cobertura móvel e infraestrutura para conexões nacionais e internacionais. A empresa também atua na extração e venda de sucata de cobre.
Com mais de 500 mil km de rede terrestre e 26 mil km de cabos submarinos, a V.tal conecta o Brasil a países como Argentina, Chile, Venezuela, Colômbia, Bermudas e Estados Unidos. Sua rede FTTH cobre atualmente 22,4 milhões de endereços residenciais.
Refinanciamento da dívida
Além do desempenho operacional, a companhia informou ter concluído sua terceira emissão de debêntures, no valor de R$ 2,4 bilhões. Os recursos serão usados para reembolsar investimentos em fibra óptica e conectividade, e compõem a estratégia de refinanciamento de uma dívida sindicalizada de R$ 5,7 bilhões com vencimento em junho de 2025.
As debêntures foram divididas em três séries. A primeira, de R$ 1,6 bilhão, vence em abril de 2032 com taxa de 15,05% ao ano. As demais pagam IPCA+8,27% e IPCA+8,45%, com vencimentos em 2032 e 2035, respectivamente. Todas contam com amortizações escalonadas nos anos anteriores ao vencimento.
A operação teve coordenação de BTG Pactual, Bradesco, Santander, Citi e Safra, e recebeu rating AA+ pela S&P. Em relatório, a agência destacou o alongamento do perfil de endividamento da V.tal e projeções de continuidade na estratégia de crescimento após a incorporação da Nio.
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