Venezuela considera retomada das sanções dos EUA como ‘ação lesiva’

Após o anúncio dos Estados Unidos sobre a retomada das sanções, o governo da Venezuela se posicionou e classificou a decisão norte-americana como uma “ação lesiva”. “É uma ação lesiva contra a Venezuela (…) vamos continuar com nossa vida, com uma vida boa, vamos continuar com a recuperação e a Venezuela vai se recuperar mais do que já se recuperou”, disse à imprensa o presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez, também chefe da delegação do governo nos processos de negociação política. Para ele, os EUA deram contra si mesmos “dois tiros no pé”, já que essa decisão terá consequências em termos de migração, com os EUA querendo impedir a entrada irregular de venezuelanos, e em termos de energia, já que a Venezuela tem as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo.

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Rodríguez pediu ao povo venezuelano que “levante a voz, o mais alto possível, contra essas sanções criminosas e contra aqueles que pediram essas sanções”, entre os quais mencionou a ex-parlamentar María Corina Machado, líder da principal coalizão opositora ao governo do presidente Nicolás Maduro. Ele afirmou que Caracas manteve contatos com o governo do presidente americano, Joe Biden, e que cumpriu “todos os compromissos” assumidos, apesar de os EUA acusarem o país sul-americano de violar os acordos ao manter em vigor a sanção que impede Machado de concorrer às eleições presidenciais de 28 de julho.

O político chavista disse que os EUA não cumpriram sua promessa de suspender todas as sanções impostas à Venezuela, inclusive as licenças, que nunca foram emitidas, para que República Dominicana e Belize pudessem fazer pagamentos ao país, que tem problemas para operar no sistema financeiro internacional devido ao embargo. Departamento do Tesouro dos EUA decidiu não renovar o alívio, que expira à meia-noite de hoje, e estabeleceu um prazo até 31 de maio para que as empresas estrangeiras interrompam todas as operações de produção e exportação de petróleo e gás venezuelanos que realizaram durante os últimos seis meses. De agora em diante, as empresas estrangeiras que quiserem fazer negócios com a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) deverão solicitar ao Tesouro dos EUA autorizações individuais, que serão avaliadas caso a caso.

*Com informações da EFE