Violência contra médicos cresce 68% em 10 anos e atinge nível recorde no Brasil, aponta CFM

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um aumento alarmante nos casos de violência contra médicos em estabelecimentos de saúde. De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), o ano passado registrou um recorde preocupante de 4.562 boletins de ocorrência envolvendo médicos que sofreram lesão corporal, difamação, injúria ou furto. Isso se traduz em uma média de 12 médicos vítimas de violência por dia em todo o país. Desde 2013, aproximadamente 40.000 boletins de ocorrência foram registrados por profissionais da saúde, evidenciando a gravidade e a persistência desse problema.

Uma análise mais detalhada dos dados revela que, embora os homens ainda sejam a maioria das vítimas, o número de médicas agredidas tem se aproximado do número de médicos agredidos em alguns estados. Em 2022, estados como Acre, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins registraram um número de agressões a médicas quase igual ao de médicos, representando 44% da federação. Além disso, as agressões ocorrem com mais frequência no interior dos estados do que nas capitais ou grandes centros urbanos, o que sugere uma necessidade urgente de políticas de segurança mais eficazes nessas áreas.

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Diante desse cenário alarmante, o Conselho Federal de Medicina tem se mobilizado para apoiar projetos no Congresso Nacional que visam endurecer as penas para agressores de médicos. A entidade destaca a importância de proteger profissionais que estão à disposição da sociedade para cuidar da saúde da população. A violência contra médicos não só compromete a segurança dos profissionais, mas também afeta a qualidade do atendimento prestado à população. O CFM reforça a necessidade de medidas mais rigorosas para coibir essas agressões e garantir um ambiente de trabalho seguro para os médicos.

*Com informações de Danúbia Braga

 

*Reportagem produzida com auxílio de IA