Vítima de Daniel Alves chorou e mostrou machucado para prima antes de falar com segurança de boate

O jornal espanhol “Ara” teve acesso às imagens das câmeras de segurança da boate Sutton, local em que o jogador Daniel Alves teria abusado e violentado uma mulher, no dia 30 de dezembro do ano passado. De acordo com o conteúdo obtido pelo periódico, que não foi divulgado, o ex-lateral da seleção brasileira teria apalpado as nádegas da jovem e, posteriormente, colocado uma das mãos dela em sua região genital – as duas atitudes foram repreendidas pela vítima. Em seguida, ambos se digiram ao banheiro do estabelecimento, onde o crime teria ocorrido. Segundo o veículo de comunicação, as imagens mostram que a garota deixou o local chorando e mostrou um machucado no joelho para sua prima antes de chamar o segurança do local. “Nesse corredor de saída da discoteca, a vítima começa a chorar. Ela aponta para o joelho, que está machucado. A vítima e sua prima se abraçam, e um segurança se aproxima das duas. A vítima volta a apontar para o próprio joelho”, alega a reportagem do portal.

Segundo o jornal “Sevimedia”, os advogados de Daniel Alves entendem que os dois minutos que decorrem entre a ida do jogador ao banheiro seguido da jovem momentos depois são fundamentais para mostrar que não houve nenhum tipo de coação. “Parece que eles decidiram de comum acordo e que ela consultou os amigos sobre a conveniência de se trancar no box”, diz a equipe jurídica do atleta. Os representantes da jovem, porém, afirmam que ela não sabia que o local se tratava do banheiro da boate e que ela seguiu o atleta para se despedir.

Relembre o caso

Daniel Alves é acusado de ter abusado e violentado uma jovem de 23 anos, no dia 30 de dezembro do ano passado, na boate Sutton, na Catalunha. No mês seguinte, a mãe de Joana Sanz, sua esposa, veio a óbito, vítima de um câncer de útero. O jogador brasileiro, inclusive, foi preso na Espanha após comparecer ao velório de sua sogra, no dia 20 de janeiro. Além do depoimento, a mulher que acusa o atleta conta com vídeos de câmeras de segurança do local e exames de corpo de delito para provar o crime — a jovem não busca ser indenizada. O ex-ala de Barcelona, Sevilla, PSG, Juventus e São Paulo, por sua vez, mudou de versões várias vezes sobre o ocorrido. As contradições apresentadas por Daniel Alves em seu depoimento foram decisivas para a ordem de prisão preventiva. Após a repercussão do caso, o atleta viu Joana pedir divórcio e encerrar um relacionamento de oito anos. Além disso, o ala viu a Justiça da Espanha recusar dois pedidos de liberdade apresentados por sua defesa.