Vítima de roubo milionário na Caixa Econômica pode ter prejuízo de até R$ 100 mil

Anéis, pulseiras, correntes, brincos e até moedas de ouro foram alguns dos bens levados pelos bandidos no assalto à agência da Caixa Econômica Federal localizada na rua 13 de Maio, no bairro Paraíso, em São Paulo. Até mesmo a aliança de brilhantes de noivado da mãe de uma cliente, que prefere não ser identificada, foi alvo dos criminosos. Ela afirma que a joia e muitas outras estavam na família há mais de 50 anos. Só no caso dela, foram mais de 350 gramas de ouro, sem contar as pedras valiosas. Pelos cálculos de mercado, o prejuízo é superior a R$ 100 mil apenas com o ouro, sem contar os diamantes. “Desde sempre a gente sabe que bancos são lugares seguros, que deveriam ser seguros, então a gente deixa ali. Dói muito saber que coisas que eu ganhei da minha avó, coisas que eram da minha mãe, estão perdidas, porque a essa hora elas já foram derretidas, já saíram do país, foram embora”, disse a mulher, que só ficou sabendo do assalto quando começaram a circular notícias em que a Jovem Pan News, com exclusividade, passou a mostrar o caso. O crime ocorrido em 23 de agosto segue cercado de mistério, já que a Caixa não respondeu a questionamentos da reportagem como o número de clientes afetados, o valor do prejuízo e se teve acesso a imagens do assalto.

Segundo informações apuradas junto a fontes, os ladrões entraram na agência e permaneceram dentro do local em torno de sete horas. Eles chegaram a cortar a energia elétrica do quarteirão inteiro e renderam os funcionários que estavam fazendo uma obra. Foram usados maçaricos para abrir os cofres onde são armazenadas as joias penhoradas. De acordo com um especialista em segurança, havia mais de um milhão de peças guardadas nos cofres, todas com valores declarados. A Polícia Federal investiga o caso com o auxílio do DEIC, da Polícia Civil. Os agentes irão recorrer ao banco de fotos para colher informações sobre criminosos especializados neste tipo de roubo. Peritos da PF também fizeram a coleta de impressões digitais na agência e tentam identificar os suspeitos por meio de DNA.

A vítima diz ainda que a Caixa Econômica não fez nenhum contato para informar o assalto. “Eu entendo que demora um tempo para processar o que aconteceu, para ver o tamanho do dano, eu entendo isso. Mas sim, houve um descaso”, disse a vítima. A Jovem Pan News questionou o banco sobre quando pretendiam tornar o caso público, mas não obteve resposta. Em nota, a Caixa afirmou que o valor indenizatório que deverá ser pago aos clientes será de 150% do bem, deduzida a dívida ativa do cliente. De acordo com o banco, a indenização acontecerá mediante comparecimento à agência com a devida identificação e qualificação do cliente. A Caixa ainda informou que o cliente poderá requerer a indenização em até 5 anos a partir da comunicação. A Polícia Federal limitou-se a comunicar, também por meio de nota, que o caso está sendo investigado.

Confira a reportagem na íntegra:

*Com informações do repórter David de Tarso