18 informações importantes antes da adoção de um gato

Adotar um gato é uma decisão que pode trazer muita alegria e companheirismo. No entanto, antes de trazer um felino peludo para a sua casa, há vários aspectos importantes a serem considerados. Desde a preparação do ambiente até tempo de qualidade para passar com o animal, cada passo na jornada da adoção requer cuidado e reflexão.

“Os gatos dão a ‘falsa’ impressão de serem mais independentes, mas, assim como outros pets, precisam de cuidados em relação à sua saúde, à segurança e ao bem-estar”, explica Ana Elisa Arruda Rocha, veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária do UniCuritiba.

Preparando o lar para o novo animal

Brincalhões, divertidos e cheios de energia, os gatos precisam de muito mais do que carinho. Antes de ter um animal de estimação é preciso analisar todas as responsabilidades e os gastos associados ao novo membro da família. O primeiro aspecto é confirmar se a família tem tempo e disposição para se dedicar ao pet, entendendo sua espécie.

A veterinária Ana Elisa Arruda Rocha lembra que preparar o ambiente e ter a infraestrutura necessária para que o animal se sinta seguro e acolhido é fundamental. Além disso, cuidar de um filhote pode ser desafiador durante a fase de adaptação. “É importante levar o novo pet para uma consulta preventiva. O médico veterinário é um grande aliado nessa hora e ajuda a esclarecer todas as dúvidas dos tutores, além de dar as orientações necessárias para um bom convívio”, avisa.

Nesse sentido, confira, a seguir, 18 dicas para facilitar a adaptação e o convívio com o novo gato!

1. Recursos financeiros e tempo

Estime os recursos financeiros e o tempo que você terá disponíveis para os cuidados com o gato. A expectativa de vida desses pets é de 15 a 20 anos.

2. Suprimentos essenciais

Tenha os suprimentos essenciais para receber um gato em casa: toca ou cama confortável, arranhadores, escaladores ou prateleiras, alimentação adequada para a idade, caixa de areia e tigelas para comida e água.

3. Caixa de areia

Tenha uma caixa de areia para cada gato da casa e uma extra. As caixas devem ser espaçosas, profundas e com substrato suficiente para que eles consigam enterrar as fezes. Escolha uma areia sanitária que seja o mais parecida possível com a areia natural.

4. Água e comida

Mantenha água limpa e fresca sempre disponível. Escolha potes de água e comida com boca larga. Os gatos não gostam de encostar os bigodes nas bordas enquanto bebem ou comem.

5. Alimentação adequada

Ofereça alimentação adequada para gatos, lembrando que são carnívoros. Invista em alimentos úmidos (patês para gato) e proteínas de origem animal, como peito de frango e carne bovina. É importante que, desde filhotes, eles se acostumem a diferentes texturas de alimentos. Não ofereça apenas ração seca.

6. Exames periódicos

Se já tiver um gato na casa, antes de aproximá-los é importante fazer exames para identificar eventuais doenças transmissíveis entre eles. Deixe o ‘novo’ gato em quarentena e faça a adaptação gradativa.

7. Adoção conjunta

Reunir vários gatos em um mesmo ambiente pode gerar estresse e dificuldades de adaptação e relacionamento entre eles. A dica para quem deseja ter mais de um gato é adotar, juntos, animais que já se davam bem, estimulando essa convivência em grupo.

8. Brinquedos e petiscos

Use brinquedos e petiscos para auxiliar no desenvolvimento do seu pet. Filhotes aprendem melhor e mais rápido. A socialização deve acontecer principalmente até os quatro primeiros meses de vida.

9. Formas de identificação

Faça a microchipagem ou coloque uma coleira com placa de identificação e informações de contato.

10. Caixa de transporte

Tenha uma caixa de transporte para levar o gato ao veterinário, em viagens ou passeios.

11. Bloqueio de rota de fuga

Bloqueie o acesso do gato a possíveis rotas de fuga ou locais perigosos, como prateleiras com produtos de limpeza, vasos de planta ou fios elétricos.

12. Converse com o veterinário

Converse com o médico veterinário sobre alimentação, comportamento, bem-estar, vacinas, antipulgas, vermífugos e castração.

13. Locais de descanso

Mantenha opções de locais de descanso pela casa. Gatos adultos chegam a dormir até 20 horas.

14. Tenha arranhadores e prateleiras

Arranhadores e prateleiras são itens importantes para quem convive com gato. Sem isso, a tendência é que ele arranhe sofás, estantes, cortinas e acabe subindo em locais inadequados.

15. Proteção nas janelas e sacadas

Instale proteção nas janelas e sacadas. Ativos e curiosos, os gatos têm facilidade para escalar e podem cair de locais altos.

16. Tempo para dar atenção

Dedique um tempo para dar atenção e brincar com o seu gato. Brinquedos simples, como bolas de papel e caixas de papelão, são ótimos recursos para manter o pet feliz e saudável.

17. Contato com a natureza

Deixe seu gato brincar ao ar livre, caminhar na grama, explorar o ambiente. O contato com a natureza é muito importante. Escolha momentos do dia mais tranquilos para o passeio, com coleira e longe de predadores.

18. Adote os hábitos cedo

Adote todos esses hábitos desde cedo, preferencialmente antes dos quatro meses de vida.

Amor incondicional

De acordo com a professora do UniCuritiba, os benefícios de ter um gato são muitos. A começar pela lealdade aos tutores e efeitos positivos para a saúde. “Eles são carinhosos, companheiros, limpos e normalmente mais silenciosos”, comenta a veterinária.

As vantagens também se estendem à saúde física e mental dos tutores. A presença de um gato em casa reduz os níveis de cortisol – hormônio relacionado ao estresse. O efeito “terapêutico” inclui a melhoria na qualidade do sono e controle da pressão arterial.

Um estudo da Universidade de Minnesota mostra que tutores de gatos têm risco menor de morte por doenças cardiovasculares em comparação a quem não convive com os felinos. A ansiedade e o estresse também diminuem, revela um artigo publicado no Journal of the American Osteopathic Association.

“Se bem-preparados para receber os pets e conscientes dos gastos e das responsabilidades, os tutores terão inúmeros benefícios na convivência com esses pets“, finaliza a professora do UniCuritiba.

Por Marlise Groth Mem