6 passos para promover diversidade e melhorar a cultura organizacional

Em 2022, a pauta de diversidade e inclusão sofreu um grande revés nas organizações, conforme identificado pelo estudo “Tendências de Gestão de Pessoas 2022”, realizado pela Great Place to Work (GPTW). Segundo o relatório, a preocupação ao redor do tema despencou. Se em 2021, 37% dos entrevistados afirmavam que as empresas tinham esses valores como um aspecto prioritário a ser trabalhado, em 2022, a porcentagem caiu para 17,9%.

Para Ana Paula Prado, CEO do Infojobs e porta-voz do PandaPé, software de recrutamento e seleção, fazer a inserção da diversidade nas empresas ainda é um desafio para muitas delas. “Antes de tudo, é necessário entender que a diversidade é a compreensão, aceitação e inclusão de diferentes pessoas, seja no aspecto físico, cultural, de gênero, biológico, social, econômico ou ideológico. Porém, no ambiente de trabalho, é preciso ir além disso e compreender como a união de diferentes pessoas faz com que as companhias sejam mais plurais — e, com isso, consigam quebrar paradigmas e impulsionar a criatividade e troca de experiências”, explica.

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Pensando sobre o tema, Ana Paula destaca 6 dicas para promover a diversidade corporativa nas empresas.

Avalie o quadro de funcionários

“A princípio, comece fazendo um diagnóstico do quadro atual de colaboradores e entenda se ele apresenta perfis diversos”, comenta Ana Paula. Além disso, é importante observar os motivos que levaram à contratação daquelas pessoas, e quais razões podem impulsionar contratações mais diversas.

Ofereça treinamentos

Conhecimento é a palavra-chave para a mudança de pensamento, tanto dos líderes, como dos colaboradores da empresa, lembra Ana Paula. Por isso, é importante que o RH promova discussões sobre diversidade, dando espaço principalmente para quem entende do assunto.

Trabalhe a cultura organizacional

“A cultura organizacional da sua empresa precisa ter a valorização da diversidade como um princípio. Por isso, ações promovidas pelo RH são muito importantes para estimular esse cenário”, afirma a especialista.

Se for necessário, realize até mesmo uma pesquisa de clima organizacional para compreender se existe o sentimento de exclusão nos grupos dentro do negócio e veja como mudar isso.

Incentive a diversidade em todos os níveis

Quando se fala de diversidade e inclusão corporativa, é importante que ela esteja englobada em todos os níveis da empresa. Além dos liderados, avalie também a diversidade nas posições de liderança, como coordenadores, gestores e outros.

Adapte processos de recrutamento e seleção

A CEO do InfoJobs destaca que é imprescindível realizar um processo seletivo que valorize a inclusão de pessoas de diferentes crenças, origens, etnias, classes sociais e outras.

“O recrutamento pode ser o passo inicial para implementar a diversidade nas organizações. Por este motivo, é importante pensar na inclusão desde o anúncio da vaga, levando em consideração uma descrição que não seja excludente”, diz a profissional.

Para isso, avalie não só a comunicação verbal e visual, mas também as exigências necessárias para a candidatura. A partir disso, diversifique os canais de divulgação, assim a vaga poderá alcançar novos perfis. Já quando se trata do processo seletivo em si, é preciso estar atento à triagem de currículos imparcial, realizando uma seleção sem pré-conceitos.

Tenha a tecnologia como aliada

Com a tecnologia e pesquisas internas, também é possível analisar o quadro de colaboradores da empresa e, por meio de dados, as organizações podem fazer um mapeamento periódico e traçar planos de ação para promover a diversidade. Após identificarem qual perfil querem agregar, é importante contar com auxílio da tecnologia para expor as oportunidades em canais que conversem com os públicos de interesse.

“A tecnologia entra como uma grande cúmplice, pois a Inteligência Artificial consegue realizar processos sem viés inconsciente e preconceitos. Afinal, é possível criar fluxos e filtros para realizar avaliações objetivas de habilidades, competências e talentos, ignorando fatores como gênero, raça e idade”, finaliza.