71% das empresas brasileiras dizem adotar práticas ESG

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A adoção de práticas de sustentabilidade pelas empresas no Brasil teve um avanço desde o ano passado, segundo estudo divulgado essa semana pela Ancham Brasil – chamado Panorama ESG 2024. Foram ouvidas 687 pessoas, e detectado crescimento de 24 pontos percentuais na curva de adoção de práticas de ambientais, sociais e de governança (ESG) em relação ao levantamento ocorrido em 2023.

A pesquisa foi aplicada entre 12 e 26 de março, e teve participação de 687 executivos e executivas, em sua maioria de grandes e médias empresas que, juntas, respondem por 651 mil empregos e faturamento de R$ 756 bilhões por ano. Ao todo, 71% das empresas participantes indicaram estar no estágio inicial (45%) ou avançado (26%) de implementação.

“Essa evolução revela que as empresas brasileiras estão cada vez mais convencidas da importância da agenda de sustentabilidade e engajadas em trilhar esse caminho. Por outro lado, também indica que ainda há muito por fazer”, pondera Abrão Neto, CEO da Amcham.

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O impacto positivo sobre o meio ambiente e questões sociais (78%), o fortalecimento da reputação no mercado (77%) e o melhor relacionamento com os stakeholders (63%) apareceram como principais motivadores para a adesão a práticas ESG pelas empresas. Também aparece como equilibrada a importância que as empresas dão para cada pilar ESG, com a dimensão social à frente (72%) de governança (68%) e esfera ambiental (66%).

Desafios do ESG

As empresas destacaram no estudo a dificuldade em medir resultados (40%), a ausência de uma cultura corporativa forte de sustentabilidade (32%) e a falta de recursos financeiros e de uma metodologia eficiente de implementação (30%).

A pesquisa indicou que a responsabilidade por liderar a agenda ESG deve estar nas mãos dos CEOs (77%), com o apoio do governo (67%). A pesquisa mostra que 77% das empresas consideram crucial o apoio governamental para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, e 66% destacam a importância de incentivos à transição para energias renováveis, como eólica, solar e hidrogênio limpo.

Na avaliação dos respondentes, o governo de priorizar políticas de incentivos para pesquisa e desenvolvimento sustentável (77%) e políticas para energias limpas, como eólica, solar e hidrogênio limpo (66%). Também foram citadas a importância de facilitar acesso a financiamento sustentável e políticas relacionadas à economia circular, ambos com 59%, e ações de preservação florestal (58%), além do estabelecimento de um mercado regulado de carbono (52%)

Para acelerar a implementação da agenda ESG, os respondentes ressaltaram três aspectos: a capacitação e desenvolvimento de lideranças e colaboradores (56%); a importância de integrar a sustentabilidade na estratégia de negócios da empresa (48%); e a previsão de orçamentos específicos e recursos financeiros adequados para viabilizar as iniciativas ESG (47%).

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