Microsoft anuncia corte de 3% no quadro de funcionários global

Satya Nadella, CEO da Microsoft. Imagem: Shuttestock

A Microsoft anunciou nesta terça-feira (13) a demissão de aproximadamente 3% de sua força de trabalho global. A medida, segundo a companhia, tem como objetivo “ajustar a estrutura organizacional para melhor posicionar a empresa em um mercado dinâmico”.

A decisão afeta milhares de trabalhadores. A empresa contava com 228 mil funcionários em todo o mundo até junho de 2024. Os cortes se distribuem entre diferentes níveis hierárquicos, equipes e localidades.

Em nota enviada à rede CNBC, a Microsoft afirma que os desligamentos não estão relacionados ao desempenho dos profissionais, diferentemente de rodadas anteriores. Em janeiro, a companhia já havia realizado demissões pontuais com base em performance.

O movimento ocorre mesmo após a divulgação de resultados financeiros positivos. No último trimestre, a empresa registrou lucro líquido de US$ 25,8 bilhões, superando as projeções do mercado. A expectativa para os próximos trimestres também foi considerada otimista.

Um dos objetivos, segundo a companhia, é reduzir camadas gerenciais e agilizar a tomada de decisões. Essa reestruturação se soma a mudanças estratégicas na área de vendas, anunciadas pelo CEO, Satya Nadella, em janeiro deste ano.

À época, Nadella destacou a necessidade de repensar incentivos e abordagens comerciais diante das transformações impulsionadas pela inteligência artificial. “Em momentos de mudança de plataforma, é preciso garantir que estamos apostando nos novos modelos de forma adequada”, disse.

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Os cortes desta semana representam o maior ajuste desde janeiro de 2023, quando 10 mil postos foram eliminados.

Apesar da reestruturação, a confiança do mercado na empresa permanece elevada. Na segunda-feira (12), as ações da Microsoft encerraram o dia cotadas a US$ 449,26, o maior valor do ano até agora. O recorde de fechamento, porém, segue sendo o de julho de 2024, quando os papéis atingiram US$ 467,56.

A empresa não detalhou quais áreas serão mais afetadas pelas demissões.

*Com informações da CNBC

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