Alckmin diz que reforma tributária trará ‘eficiência econômica’ e defende diálogo com prefeitos

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB) falou sobre a reforma tributária, dizendo que ela deverá simplificar o modelo atual, o qual classificou como “caótico”. A declaração foi dada por Alckmin durante sua participação na abertura da XXIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada na manhã desta terça-feira, 28. Alckmin compareceu ao evento representando o presidente Lula (PT), que se recupera de uma broncopneumonia. Outros ministros de Estado também estiveram presentes no evento. Em sua fala, Alckmin destacou que o atual modelo tributário brasileiro é injusto e que, através do diálogo com os municípios, é possível mudar a situação. “Nós temos um modelo tributário caótico, vai tudo para Justiça. […] Essa é uma reforma que traz eficiência econômica. O nosso modelo é injusto. Tem município que a renda per capita é de quase R$ 9 mil por pessoa e tem município que é R$ 30. Não é possível continuar com um modelo desse e o caminho é o diálogo. Nós queremos que os municípios arrecadem mais e que a economia cresça. Esse é o caminho do diálogo para podermos avançar”, disse Alckmin, que disse que a reforma “pode fazer o PIB crescer em 15 anos 10%”.

O diálogo e a cooperação com as prefeituras também foi citado pelo vice-presidente em outros momentos. Em sua fala, Alckmin destacou ainda que, ao fortalecerem as prefeituras, o governo ajuda a população. “O diálogo é total. Nós vamos trabalhar juntos com vocês.  […] A Marcha dos Prefeitos pode se chamar Marcha do Povo, porque, quanto mais nós fortalecemos o governo local perto da população, mais próximo a ela, ganha a sociedade e a população. Dizem que o século XIX foi o século dos impérios, o século XX o dos países e o século XXI é o das cidades. Elas vão ser as grandes protagonistas, é onde as coisas ocorrem”, destacou Alckmin, que relembrou conquistas das prefeituras ao longo das últimas décadas, citando como exemplo o aumento da porcentagem e da base do ICMS após a Constituinte de 1988. Além de Alckmin, também discursaram o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e o vice-presidente do Senado Federal, Veneziano Vital do Rêgo (MDB).