Ascenty espera vender 30% a mais em 2023

Marcos Siqueira, VP de operações da Ascenty

Ter clientes internacionais é a chave para um crescimento expressivo da Ascenty, independente dos períodos econômicos ou políticos do Brasil. Ao menos esse é o segredo para Marcos Siqueira, VP de operações da empresa, que disse em entrevista ao IT Forum que a companhia está um trimestre a frente do orçamento de vendas e pretende alcançar 30% a mais de vendas até o fim do ano.

Em 2022, a empresa faturou R$ 1,6 bilhões de reais e Marcos está confiante no crescimento de dois dígitos para os próximos anos. “Nunca chegamos próximo de 1 dígito desde o começo da empresa e a gente tem investido, nos últimos três anos em torno de R$ 1,5 bilhões anualmente.”

“Especificidades de alguma cidade ou país não influencia tanto porque tenho data centers em três países diferentes. São 24 data centers em operação, 20 no Brasil, dois no Chile e dois no México. Além disso, temos dez data centers em construção. Ou seja, se eu tenho uma demanda represada no Brasil, em outros países eu continuo com grande demanda”, revela o executivo.

Entre as localidades em que a empresa tem data centers no Brasil estão Fortaleza, Rio de Janeiro e 17 no estado de São Paulo. Recentemente, a empresa divulgou um novo data center em São Paulo para atender a crescente demanda dos clientes.

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“Enxergamos que essa expansão em São Paulo é para atender clientes que precisam estar em São Paulo com baixa latência de conexão para B3 ou outros lugares. Mas para quem precisa de um disaster recovery, eu tenho a capital e o interior. Muitos clientes precisam ter a sua contingência, mas fazer São Paulo – Rio de Janeiro pode ser inviabilizado pela latência”, afirma Marcos.

Além disso, a Ascenty tem atendimento em diferentes segmentos da indústria. O maior número deles é em tecnologia, que continua crescendo. O segundo maior é o de conectividade que, segundo Marcos, abre um leque de oportunidades e, em terceiro lugar, o segmento financeiro. O único segmento não trabalhado é o governamental.

“Quando eu olho os três maiores segmentos e que vêm crescendo anualmente conosco, são segmentos que conseguem driblar a crise econômica, a guerra e outros cenários. Associado a tudo isso, o que tem favorecido o nosso desenvolvimento é como nós organizamos a empresa do ponto de vista de certificações. O mercado financeiro, por exemplo, é super regulado e o fato de termos certificações desde as tradicionais e passando por certificações de segurança da informação, relacionadas a compliance e a ESG”, resume ele.

O foco dos data centers na América Latina vem por ser uma empresa brasileira e que quer conquistar os mercados mais próximos. De acordo com Marcos, a Ascenty entende que nos mercados mais maduros, como os Estados Unidos e o Europeu, os diferenciais competitivos não seriam tão competitivos assim. “Nós trouxemos o modelo americano de prestação de serviços e o mercado brasileiro não estava habituado e eu não teria esse diferencial em outros países.”

Para Marcos, layoffs não são uma opção. Antes da pandemia, a Ascenty tinha 450 colaboradores, e hoje soma aproximadamente 800. Para contornar o gap de profissionais, a companhia tem um programa interno de treinamentos e capacitação de soft skills e técnicas.

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