Bolsonaro fala em pacificação, faz críticas sem nominar ninguém e nega plano de golpe
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu neste domingo, 25, durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo, a pacificação do Brasil. Em discurso aos presentes, o presidente de honra do Partido Liberal (PL) disse que o povo brasileiro “não merece estar vivendo esse momento” e pregou em favor da liberdade como o “bem maior”: “Ainda podemos fazer muito pela nossa pátria”, iniciou o político, acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que abriu o evento, e de aliados políticos, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Bolsonaro também fez uma série de críticas, mas sem citar nomes e voltou a citar o episódio da campanha eleitoral em 2018, quando ele sofreu uma facada durante ato em Juiz de Fora, e falou em “perseguição”. “Levo pancada desde antes das eleições de 2018, passei quatro anos perseguido e essa perseguição aumentou quando deixei a presidência. (…)É joia, é importunação de baleia, é direito fora do país. (…) É tanta coisa que eles mesmos acabam trabalhando contra si”, afirmou Bolsonaro, citando parte das investigações que enfrenta na Justiça.
“‘Bolsonaro queria dar um golpe’. Isso desde quando assumi em 2019 ouvia e parte da imprensa reverberar. Golpe é tanque na rua e nada disso foi feito”, continuou, negando plano de tentativa de golpe de Estado – investigação que deu origem à convocação da manifestação. “Teria muito a falar, tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação, é passar ‘borracha’ no passado. (…) Muito obrigado povo do Brasil”, continuou. O ex-presidente concluiu o discurso com recados ao público sobre as eleições municipais, pedindo que os presentes “caprichem nos votos, especialmente para vereadores”, e finalizou fazendo crítica ao afastamento de “opositores”. “Não podemos concordar que um poder tire do palco político quem quer que seja, não podemos pensar em eleições afastando os opositores”.