Brasil dá exemplo com projeto de conectividade nas escolas, diz UIT

Brasil dá exemplo com projeto de conectividade nas escolas, diz UIT
Para UIT, Brasil serve de exemplo com projeto de conectividade nas escolas

A iniciativa do Brasil de destinar parte dos recursos arrecadados no leilão do 5G ao projeto de conectividade em escolas públicas foi apontada pela secretária-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Doreen Bogdan-Martin, como exemplo de boa prática de inclusão associada à política de telecomunicações.

A declaração foi dada nesta segunda-feira, 27, durante palestra de Bogdan-Martin no Mobile Word Congress (MWC), que acontece em Barcelona, na Espanha.

“Há alguns anos, o Brasil fez da conexão de escolas um requisito no leilão do 5G. E parte dos rendimentos foi destinado para investir na conectividade de escolas e na infraestrutura de conectividade. É a isso que me refiro quando precisamos falar sobre inovação”, afirmou a secretária-geral da UIT.

O projeto de conectividade das escolas, batizado de Aprender  Conectado, conta com recursos da ordem de R$ 3,1 bilhões. A Entidade Administrativa da Conectividade nas Escolas (EACE) é a organização responsável por pôr a iniciativa em prática, que é supervisionada pelo Gaispi, grupo presidido pela Anatel, que tem também representantes do governo e das operadoras que compraram a faixa de 26 GHz no leilão.

“Precisamos ser grandes e ousados”, frisou Bogdan-Martin, referindo-se ao programa brasileiro.

Ao longo de sua apresentação no MWC, Bogdan-Martin reforçou a necessidade de “conectar as comunidades que estão para trás”. Segundo a UIT, atualmente, 2,7 bilhões de pessoas ao redor do mundo não têm acesso à internet.

Além disso, a secretária-geral destacou que, após um ano, a iniciativa Partner2Connect, que visa a levar internet às comunidades mais isolados do mundo, arrecadou quase US$ 30 bilhões por meio de pouco menos de 600 comprometimentos. “É um bom começo, mas não é o suficiente, não está nem perto de ser suficiente”, salientou.

Na apresentação, Bogdan-Martin ainda afirmou que “a melhor maneira de mensurar sucesso é atingindo os objetivos de sustentabilidade da ONU [Organização das Nações Unidas]” e defendeu, como esforço para reduzir o fosso digital, a padronização de tecnologias, citando o 6G. “Desenvolver padrões é falar a mesma língua, tornar a tecnologia mais eficiente e sustentável”, reiterou.

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