Brasil é prioridade da Meta para ampliar uso comercial do WhatsApp no mundo

whatsapp business summit

Reforçar o WhatsApp como canal de vendas e geração de oportunidades de negócio (ou leads) para companhias de todos os tamanhos, considerando que a ferramenta está instalada na imensa maioria dos smartphones dos brasileiros. Esse é o objetivo da Meta (antes Facebook, para os saudosistas), dona do aplicativo de mensageria instantânea, durante o WhatsApp Business Summit Brasil, realizado nessa quarta-feira (23) em São Paulo (SP).

O evento se focou em promover networking entre parceiros tecnológicos da Meta – incluindo aí Gupshup, Blip, Twillio, Salesforce e TakeBlip, entre outras – e potenciais clientes, seja por meio de conteúdos mais técnicos ou compartilhando casos de sucesso feitos com clientes corporativos. O objetivo é aproveitar a onipresença do WhatsApp nos celulares brasileiros para torná-lo também um canal de vendas.

Segundo estimativas da Meta, são 197 milhões de usuários de WhatsApp no Brasil, o segundo maior mercado da plataforma no mundo, atrás da Índia e a frente da Indonésia – que são os três maiores. A penetração total, segundo dados do We Are Social, é de 93,4%, ou mais de 9 em cada 10 pessoas no País com conta no WhatsApp.

No mundo, segundo a empresa, um bilhão de pessoas por semana conversam com uma conta comercial ou de serviço no WhatsApp, Messenger e Instagram. São 500 milhões de conversas entre pessoas e empresas todos os dias na plataforma.

“Temos um ecossistema grande e vasto, e acreditamos que toda conexão é uma oportunidade de estreitar relações, e também capturar novos leads e focar em conversões”, ponderou no palco o vice-presidente da Meta para o Brasil, Conrado Leister. “Personalização e exclusividade são essenciais na experiência do cliente. A mensageria é a ferramenta que traz essa especialização para o jogo com eficiência.”

Conrado Leister, Meta

Conrado Leister, vice-presidente da Meta para o Brasil. Foto: Divulgação

Segundo o executivo, o Brasil é prioridade na estratégia de uso corporativo do WhatsApp no mundo justamente pela enorme penetração. E, segundo ele, parte substancial das empresas já usa anúncios no Facebook e no Instagram que levam direto para um canal do WhatsApp. “40% dos anunciantes no Brasil já usam anúncios o recurso ‘Clique para Mensagem’”, disse.

O brasileiro e o WhatsApp

Além da prevalência do “Zap Zap” nos celulares por estas bandas, o público brasileiro também se mostra receptivo à ideia de ser contatado (e contatar) empresas pelo app. Um estudo feito pela Kantar e encomendado pela Meta ouviu 6,5 mil adultos de 13 países, incluindo o Brasil, no primeiro semestre de 2023, e descobriu que aqui 80% concordam que mensagens são a forma preferida de se comunicar com uma empresa.

Já 81% dos brasileiros disseram achar mais fácil enviar mensagens para uma empresa do que acessar um site para ter esse contato. Outros 78% disseram ser mais provável fazer negócios com uma empresa com quem eles podem falar por mensagens – é aqui que a Meta e os parceiros ficam com os olhos brilhando.

““A América Latina, o Brasil em particular, estão liderando o caminho quando se trata de mensageria de negócios para a Meta globalmente. A facilidade e a eficiência de uma conversa via WhatsApp estão transformando as formas como as marcas nacionais e globais se comunicam com a audiência”, ressaltou Maren Lau, vice-presidente regional da Meta para a América Latina. “Diversos bancos brasileiros já oferecem serviços pelo WhatsApp.”

A executiva citou o Banco PAN e o Itaú Unibanco, que já permitem até mesmo a abertura de contas pelo WhatsApp. O Banco do Brasil, segundo ela, já tem quase 16 milhões de clientes acessando serviços pelo app de mensageria.

“O BB tem taxas de conversão até 50% maiores pelo WhatsApp”, garantiu aos presentes. “Estamos trabalhando em soluções que possamos escalar para empresas ao redor do mundo, mas também entendemos que as empresas querem soluções customizadas ou integradas ao seu CRM, por exemplo.”

Alguns casos de sucesso

No palco, Eduardo Galanternick, vice-presidente de novos negócios do Magazine Luiza, apresentou um projeto inédito da empresa com o WhatsApp: uma experiência de compra no app, que vai passar a ter todo o catálogo da varejista acessível via chat e deve estar disponível em breve.

Os usuários poderão navegar no catálogo do Magalu e da Época Cosméticos no WhatsApp, checar informações e detalhes sobre produtos, adicionar itens ao carrinho e, então, finalizar a compra no app do Magalu. Por meio de uma integração de APIs, os dados do catálogo são atualizados em tempo real, incluindo preços e estoque, disse.

“Vamos chegar naquilo que acredito que é o caminho. Não estamos fazendo isso para substituir os canais de venda, mas para explorar uma forma de vender por meio do comércio conversacional”, disse Galanternick.