Brasil oficializa candidatura para sediar Copa do Mundo feminina 2027

Um mês depois da ministra do esporte, Ana Moser, indicar que o Brasil poderia receber a Copa do Mundo de futebol feminino em 2027, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou a candidatura nesta sexta-feira, 14, com o presidente Ednaldo Rodrigues assinando o documento enviado à Fifa. “A CBF acabou de oficializar a candidatura do Brasil para receber a Copa do Mundo feminina. Com todo o equipamento esportivo e de infraestrutura que dispomos, acreditamos que vamos fazer um belo Mundial. Receber a Copa do Mundo faz parte do nosso projeto de crescer cada vez mais o futebol feminino pelo país, que é um dos pilares da minha gestão”, disse o cartola. No dia 30 de março, o presidente Lula declarou apoio do governo federal à candidatura brasileira. Bélgica, Holanda e Alemanha pensam em lançar candidatura tripla, Estados Unidos e África do Sul também estão interessados. A Copa do Mundo deste ano acontece na Austrália e Nova Zelândia entre julho e agosto.

Evoluir o futebol feminino sem base?

A CBF quer receber a Copa do Mundo feminina, mas ainda deixa a desejar na gestão da modalidade. Nesta sexta-feira, 14, o site Dibradoras publicou que a CBF travou as atividades das seleções femininas de base. A seleção sub-20, que tinha uma convocação agendada para maio, não terá o período de treino por falta de verba. No sub-17, a técnica não pôde viajar para acompanhar a Liga de Desenvolvimento com atletas sub-14 e sub-16 também por falta de dinheiro. Em nota, a confederação disse que a ausência de Simone Jatobá no torneio que acontece no Rio foi porque a coordenação de seleções não teve “tempo suficiente para aprovar a ida da técnica”. A não-convocação da sub-20, segundo o mesmo setor, foi considerada “não estratégico o investimento” e que poderia causar interferência no Brasileirão. Na coletiva de imprensa antes da Finalíssima feminina contra a Inglaterra, no último dia 5, a técnica Pia Sundhage cobrou investimentos na base com a criação dos sub-15 e sub-16. Na ocasião, a técnica das Lionesses, Sarina Wiegman, se mostrou chocada pelo Brasil ainda não ter as categorias de base. Hoje a Inglaterra é uma das melhores seleções do mundo, vive sua melhor fase na história, após investimentos na base.