Buscas continuam por helicóptero desaparecido a caminho de Ilhabela

As buscas pelos passageiros do helicóptero que desapareceu a caminho de Ilhabela, em São Paulo, continuam sem sucesso. O helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) e um Águia 24 do Grupamento Aéreo da Polícia Militar estão auxiliando nas buscas, que foram retomadas nesta quarta-feira, 3, na região de São José dos Campos, no interior de São Paulo, na serra do mar. O piloto Cassiano Tete Teodoro e três tripulantes embarcaram em um helicóptero modelo Robson 44 no aeroporto do Campo de Marte em Santana, com destino a Ilhabela, no último domingo, 31, às 13h15. Antes de decolar, o piloto consultou um controlador de voo em Ilhabela sobre as condições climáticas e estimou que o trajeto duraria cerca de 45 minutos. No entanto, a FAB informou que o homem com quem Cassiano conversou não era um controlador de tráfego aéreo.

Segundo relatos da família, um dos tripulantes, Raphael, conseguiu o transporte para o litoral e convidou Luciana e Letícia para um passeio. Letícia informou aos familiares que iria almoçar com a mãe e retornaria para São Paulo para o Réveillon. Por volta das 14h42, Cassiano recebeu uma ligação de um homem responsável pelo tráfego aéreo, informando que o céu em Ilhabela estava aberto e que havia um espaço sem nuvens no heliponto, sugerindo que o piloto poderia realizar o pouso. No entanto, Cassiano afirmou que não conseguiria subir até lá devido às nuvens.

Letícia gravou vídeos do mau tempo para enviar ao namorado e informar que a aeronave estava retornando. A empresa responsável pelo helicóptero informou que a aeronave chegou a pousar devido às condições meteorológicas, mas pouco tempo depois levantou voo novamente e desapareceu. O último contato com a aeronave foi às 15h10. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou uma nota informando que Cassiano teve sua licença e habilitações cassadas em setembro de 2021 por infrações graves relacionadas à segurança da aviação, mas obteve uma nova licença em outubro de 2023, que não autoriza voos comerciais de passageiros. O helicóptero, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro, está em situação normal de aeronavegabilidade, mas não possui permissão para realizar serviços de táxi-aéreo.