Cid Gomes defende que investigações da CPMI sejam realizadas na linha do tempo

O vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, senador Cid Gomes (PDT-CE), disse ser importante que investigações no colegiado sejam realizadas na linha do tempo dos fatos e omissões que deflagraram nos ataques aos prédios dos três poderes. “Defendo que a relatora faça na linha do tempo um levantamento dos fatos e a partir da audição de pessoas vá se buscar coisas que a gente pactuou, a direção, a mesa da CPMI”, afirmou em entrevista exclusiva ao repórter Bruno Pinheiro, da Jovem Pan News. Segundo o vice-presidente, a apuração de acordo com a ordem cronológica será importante para identificar se houve autoria intelectual e financiamento organizado nas manifestações, além de eventuais omissões e represálias por parte das polícias e forças militares.

“Não pode fazer é já hoje tratar de omissão no dia 9 ou no dia 7 se a gente está ainda na linha do tempo vendo coisa pra trás”, explicou o senador. “Houve omissão? Na hora certa, vamos identificar isso. Só não pudemos é ja começar agora a ver se houve omissão se a gente nem levantou os precedente na cronologia, na ordem do tempo”, defendeu.

A CPMI definiu que Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), será o primeiro a prestar depoimento na Comissão, na próxima terça-feira. Ele é investigado por usar o cargo para permitir bloqueios em rodovias durante manifestações contra o resultado das eleições de outubro do ano passado. Na quinta-feira, dia 22, será ouvido o depoimento de George Washington de Oliveira Sousa, preso por tentativa de explodir uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, no fim do ano passado. No mesmo dia, o colegiado receberá Valdir Pires Dantas Filho, perito da Polícia Civil do Distrito Federal, responsável por desarmar a bomba.