Dados conectam agronegócio, setor financeiro e sustentabilidade

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Os dados são o caminho para conectar as instituições financeiras ao agronegócio brasileiro para gerar iniciativas de sustentabilidade. Essa foi a conclusão do painel ‘O campo dos dados: a evolução tecnológica do Agronegócio’, apresentado na tarde desta terça-feira (27) no Febraban Tech, maior evento de tecnologia bancária do país.

“A sustentabilidade não é mais opção, é um índice de sobrevivência”, disse Aline Aguiar, membro da Comissão Executiva da Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável, na abertura do debate. “A tecnologia tem que ser o DNA da coisa, não tem como fugir desse tipo de avanço. A receita é simples: com tecnologia que se faz sustentabilidade. Inclusive com produtos financeiros que vão financiar essas tecnologias.”

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Uma pesquisa realizada em 2020, através de uma parceria entre a Embrapa, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelou que 84% dos agricultores brasileiros já utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio na produção agrícola. Os dados já são realidade no campo e base de apoio para a evolução sustentável do setor.

“A John Deere entende que o desenvolvimento socioeconômico do país depende de adoção maior de tecnologia no campo”, pontuou Debora Rodrigues, líder de inovação aberta da John Deere. “Por isso que nossos equipamentos coletam uma série de dados do campo. Dados dos produtos, de manejo das culturas, do clima. Nós coletamos uma série de dados que vão ser transformados, através de inteligência, em automação.”

Febraban Tech: caminho da sustentabilidade passa pela economia digital

Para Luis Veit, superintendente de agronegócios da Sincredi, o papel de instituições como a da cooperativa de crédito vai passa por fornecer um crédito “robusto” para os produtores, mas vai além: “além de incentivar a transformação com tecnologias do sistemas financeiro, temos buscado conectar o ecossistema de startups aos produtores”, explicou.

Ketlin Sfair Antunes, gerente-executiva da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, também ecoou o ponto. “A gente consegue financiar, mas isso não basta”, pontuou. “Temos que orientar, qualificar, mostrar como funciona, chamar os produtores e entender o que podemos transformar – também através de parcerias, como com startups.”

A John Deere também está seguindo esse caminho. Recentemente, a companhia anunciou uma parceria com a startup Vega, desenvolvedora de uma plataforma de análise e certificação da sustentabilidade do agronegócio, para apoiar produtores através do Banco John Deere. Através da solução da Vega é possível identificar se a área do produtor está aderente às normas ambientais, o que permite abrir novas linhas de crédito e taxas para produtores sustentáveis.

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