Deltan diz sofrer ‘perseguição política’ e condena investigação do TCU sobre gastos suspeitos na Lava Jato

Ex-procurador e deputado federal cassado, Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi alvo de nova ação judicial desfavorável após seu recurso contra a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que apura e pede ressarcimento de valores pagos em diárias e viagens realizadas durante trabalho da Operação Lava Jato, ser negado pelo Superior Tribunal de Justiça. No ano passado, a Corte de contas condenou Deltan, o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot; e o ex-procurador-chefe do Ministério Público no Paraná, João Vicente Beraldo. O trio terá de devolver R$ 2,8 milhões aos cofres públicos pelo pagamento de diárias e passagens a integrantes da Força Tarefa. No programa Linha de Frente, o ex-procurador Deltan, que enfrenta nova decisão desfavorável, se diz vítima. “Eu perdi no STJ por uma decisão de 6 a 5. Essa decisão é muito anormal, excepcional, só quando essas decisões da primeira instância está em efeito sistêmico. Está longe de acontecer isso no meu caso. São seis ministros, sendo que, desses seis, dois foram atingidos em delações e um terceiro teve um filho acusado na Lava Jato. Eles suspendem as decisões favoráveis a mim na primeira instância e mandam o processo no TCU seguir. Qual o problema disso? Quando acontece essa figura que chamamos de suspensão de segurança, no STJ, não importa se eu tiver sentença em meu favor, se tiver acórdão em meu favor anulando o processo do TCU. Não vai valer nada disso. Só vai vale no final, no trânsito em julgado. E nesse meio tempo, que pode demorar 10 anos, o TCU vai para cima de mim buscar bloquear patrimônio, meu e da minha família”, explicou o político. Para o parlamentar cassado, há um grupo formado por juristas que visa garantir a impunidade dos políticos corruptos no Brasil.

*Com informações do repórter Daniel Lian