Desnutrição e desidratação assolam Gaza e 25 já morreram por falta de comida e água

Subiu para 35 o número de mortos por desnutrição e desidratação na Faixa de Gaza, informou as fontes médicas locais, acrescentando que a maior parte das vítimas são bebês. “O número anunciado de vítimas da desnutrição e da seca reflete o que chega somente aos hospitais”, afirmou o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, em um comunicado. Neste sábado, 9, foi anunciada a morte de uma menina de 2 meses no hospital Kamal Adwan e uma jovem de 20 anos.  “O aumento do número de vítimas da desnutrição e da seca é muito preocupante e confirma que a fome no norte de Gaza atingiu níveis mortais”, afirmou o Ministério do encalve palestimo.

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Nesta semana a ONU (Organização das Nações Unidas) apelou por ajuda humanitária na região para combater níveis extremos de desnutrição infantil.  O fato de “crianças estarem começando a morrer de fome (…) deveria ser um alerta diferente dos outros”, afirmou o porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha), Jens Laerke. A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou cenas “sinistras” de crianças famintas, após auxiliar dois hospitais no norte da Faixa no último fim de semana, pela primeira vez desde outubro.

A medida que os mortos aumentam, também cresce a pressão internacional sobre Israel para aumentar a ajuda humanitária, especialmente no norte do enclave, onde cerca de 700 mil pessoas correm o risco de passar fome. Está previsto para este final de semana a partida do primeiro navio com alimentos do corredor marítimo vindo de Chipre está previsto para chegar à Faixa, uma iniciativa da União Europeia e dos Estados Unidos.

A guerra entre Israel e Hamas, desencadeada pela invão do grupo islâmico no território israelense, chegou a cinco meses no último dia 7. O conflito já deixou mais de 30,9 mil pessoas mortas na Faixa de Gaza e 72,5 mil ficaram feridas. Nas últimas 24 horas foi registrado ao menos 82 mortos no enclave palestino. “Várias vítimas permanecem sob os escombros e nas estradas e a ocupação impede que ambulâncias e equipes de proteção civil possam chegar até elas”, denunciou a pasta. O ataque do Hamas deixou mais de 1,2 mil mortos e 253 sequestrados, dos quais 130 permanecem em cativeiros dentro do enclave palestino.

*Com infomações da EFE