DrumWave conclui segunda etapa de sistema de monetização de dados

fernando teles, drumwave

A DrumWave anunciou nessa sexta (23) que concluiu a segunda etapa do chamado Ecossistema Brasileiro de Monetização de Dados, projeto que promete reunir empresas para dar às pessoas físicas poder e capacidade de rentabilização sob os próprios dados pessoais. O projeto é liderado pela startup e é simbolizado pela chamada dWallet, uma espécie de carteira digital que permite aos usuários gerenciarem seus dados.

Na primeira fase do projeto, concluída em outubro de 2022, a DrumWave anunciou o conceito da dWallet ao mercado em uma série de eventos. Nos seis meses seguintes, que marcam a segunda fase, foram testadas as primeiras interfaces da carteira no Brasil. Fizeram parte 15 empresas, e cada uma mapeou seu ecossistema de dados e detectou possíveis casos de uso.

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O próximo passo do roadmap do projeto é a criação de ofertas.

“Juntas, as empresas no Ecossistema Brasileiro de Monetização de Dados cobrem quase 85% da população brasileira, incluindo homens, mulheres, crianças, idosos, jovens, empregados, aposentados e desempregados”, diz o CEO da DrumWave, André Vellozo. “São companhias que juntas representam 13% do PIB nacional e empregam orgulhosamente 375 mil brasileiros.”

Entre as empresas participantes estão Visa, Banco Votorantim e Tecban, da rede Banco 24 Horas. As empresas participaram de um evento privado nessa sexta para a primeira atividade coletiva do projeto e da dWallet.

Cronograma da DrumWave

A plataforma dWallet é desenvolvida pela DrumWave e roda em infraestrutura da IBM. A carteira deve ser disponibilizada ao mercado brasileiro no último trimestre de 2023, segundo previsões da DrumWave – nos EUA a previsão é o início de 2024. Com a dWallet, os usuários poderão, segundo a empresa, ativar uma “poupança de dados” para gerenciar o valor dos dados que possuem, e então podem aderir às ofertas do ecossistema e decidir quando e como os dados serão utilizados.

Esses dados podem incluir histórico de navegação, informações de dispositivo, dados de relacionamento com empresas e até dados sigilosos, como nome, CPF e situação financeira. O compartilhamento sempre é uma decisão do titular dos dados, diz a aempresa.

As empresas, em contrapartida, podem enviar propostas para terem acesso aos dados dos usuários da dWallet e oferecer recompensas em troca, incluindo pagamentos em dinheiro, descontos e investimentos. O valor dos dados deverá ser determinado por meio de uma análise que considera dimensões estrutural, estatística e contextual deles.

“O coração desse ecossistema é formado pelas ofertas, que combinam casos de uso dos dados, dos negócios e dos pagamentos”, explica Fernando Teles, presidente da DrumWave. “Existe uma assimetria entre o uso do dinheiro e dos dados. Você sabe o que fazer com o dinheiro, mas não sabe o valor nem como usar seus dados. Por isso, a economia de dados é uma realidade presente – o Banco Central do Brasil discutiu o assunto recentemente. Precisamos definir essa nova economia e não sermos controlados por ela.”

Para Vellozo, o Brasil tem vocação para se tornar a principal referência na economia de dados. O País tem, segundo ele, vantagens competitivas por ter um sistema financeiro que emprega muita tecnologia de ponta.

“Se dado é um ativo, o benchmark não será o de tecnologia nem o de publicidade, o benchmark é o sistema financeiro”, avalia.

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