Epson vê potencial ‘exponencial’ de crescimento em serviços, mas ainda diz ‘engatinhar’

Epson

A Epson, multinacional japonesa do ramo de impressoras e projetores, está de olho no potencial do mercado de serviços. O segmento é visto como complementar ao negócio de hardware da companhia, que tem a estratégia de crescer nesse mercado como um de seus pilares atuais. A avaliação é de lideranças da empresa no Brasil, que conversaram com a imprensa nesta semana durante um evento virtual.

“Está dentro dos nossos pilares a venda de serviço juntamente à venda de hardware. A empresa enxerga isso de forma muito positiva e é nosso futuro, daqui para frente”, disse Marcelo Madi, diretor de Vendas para o segmento de consumidores da Epson. “Nós estamos engatinhando ainda nas soluções, não temos uma métrica definida de serviços, mas é um pilar que faz parte de nossa estratégia.”

Diretor de Vendas da Epson para o setor corporativo, Glauco Ferreira ecoou a visão de que a companhia ainda “engatinha” no segmento, mas destacou algumas iniciativas que já mostram potencial nessa área.

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Uma das principais ofertas da companhia nesse modelo é o programa de locação de projetores. A iniciativa foi lançada em 2021 pela Epson e tem o setor educacional como um dos focos. O programa permite às instituições de ensino equiparem suas salas de aula com equipamentos de projeção, com mensalidades acessíveis, e foi muito bem-recebido por instituições de ensino que passavam por um momento crítico durante a pandemia.

Ainda inclui garantia e suporte técnico no local, para que a escola não precise com a instalação e manutenção dos dispositivos. “Isso é uma entrega para o mercado de uma solução além da venda do hardware”, pontuou Ferreira. “É um programa que tem funcionado em todo o país”.

A Epson também opera hoje uma estrutura interna dedicada à pesquisa e desenvolvimento de projetos que elevam a experiência de seus produtos de hardware. Segundo Ferreira, essa unidade trabalha na criação de soluções “inovadoras” com propostas de entrega para clientes finais.

Um dos exemplos de projetos saídos dessa unidade foi desenvolvido em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein. O projeto utiliza inteligência artificial e realidade aumentada para projetar “jogos interativos” com personagens, imagens e gráficos animados na superfície de máquinas tomografia computadorizada.

O recurso é uma forma de tranquilizar crianças durante exames. Além de entreter, o game de psicoeducação informa a criança desde o momento de sua preparação até o final do procedimento. A experiência começa no vestiário, quando a criança conhece, por meio de um tablet, uma enfermeira-robô. É ela quem pedirá ao paciente que cumpra alguns desafios até ele chegar na sala de exame.

“Nós estamos ainda engatinhando com o potencial que existe em vários setores”, afirmou Ferreira. “Estamos pensando em projetos que também levem ao setor de educação essa integração de hardware com alguma solução, ampliando de forma exponencial nossa entrega do mercado como uma empresa que vai além da venda ou aluguel de equipamentos”.

Busca pela sustentabilidade

Além da busca por maiores receitas em serviços, a Epson também está implementando uma estratégia ESG de nível global. A meta da companhia é, até o final de 2024, ter todas as operações qualificadas da Epson no mundo abastecidas com energia de fontes 100% renováveis.

O Brasil é um dos países estratégicos para a companhia – e já está quase alcançando a meta. A Epson opera no país sua única fábrica fora do continente asiático, localizada em Barueri (SP). A unidade já realizou sua transição energética e hoje é alimentada por energia renovável. O Solutions Center da empresa, também em Barueri, está passando por reforma e deverá estar completamente transacionado até o final de janeiro.

“Todo o conceito de desenvolvimento de produto é em busca de uma redução drástica de consumo de energia elétrica em nossos produtos”, disse Glauco Ferreira.

Para complementar a redução de consumo de energia em produtos e pelas operações da própria empresa, a Epson tem trabalhado com materiais recicláveis em suas linhas de impressoras. Lançada em setembro, a EcoTank L5590, por exemplo, já conta com 30% de materiais reciclados em sua composição. Até 2050, o plano é ter 100% de material reciclado nos produtos.

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