EUA acusam Irã de ataques no Mar Vermelho e ameaçam retaliação

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, acusou o Irã de ser responsável pelos ataques realizados pelos rebeldes houthis contra embarcações no Mar Vermelho. Ele afirmou que Washington e outros países já deixaram claro a Teerã que o apoio a essas ações deve parar. Essa declaração foi feita após os EUA e o Reino Unido repelirem um dos maiores ataques lançados até o momento pela milícia, que atua no Iêmen com apoio iraniano. O Ocidente avalia maneiras de impedir os ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho, algo que tem acontecido desde novembro em solidariedade ao Hamas na guerra contra Israel. As agressões, feitas com drones e mísseis a partir da área controlada pelos houthis no Iêmen, têm causado atrasos e custos extras para as maiores companhias de navegação do mundo, o que tem impactado no aumento dos preços do petróleo e de outros produtos importados.

Na semana passada, o governo de Joe Biden e seus aliados afirmaram que os houthis seriam responsabilizados pelos ataques. Isso sugere que Washington pode considerar ações de retaliação no território houthi no Iêmen. No entanto, ao invés de recuarem, os houthis parecem ter intensificado suas ações. Durante um encontro com o rei do Bahrein, Blinken discutiu os ataques e a força naval multinacional criada para proteger o tráfego marítimo no Mar Vermelho e no Golfo de Áden. Até o momento, os EUA evitaram atingir posições houthis, mas o Pentágono elaborou planos de ataque caso seja necessário. O ministro da Defesa britânico também afirmou que Londres considera adotar uma ação militar se os houthis não pararem com suas agressões. Na terça-feira, jatos do porta-aviões do Dwight D. Eisenhower e de outros navios de guerra interceptaram um ataque complexo envolvendo drones e mísseis lançados pelos houthis. O Comando Central dos EUA informou que não houve feridos ou danos. Segundo o Centcom, os houthis lançaram o ataque usando veículos aéreos não tripulados projetados pelo Irã.