Europa pode suspender lei antidesmatamento

Nesta semana, cerca de 20 membros da União Europeia pediram a suspensão da lei antidesmatamento. Essa legislação proíbe no bloco a circulação de produtos como soja, carne bovina e café, por exemplo, que tenham sido produzidos em áreas abertas após 2020. A ideia é que os consumidores europeus não contribuam para a destruição de florestas no mundo. No Brasil, também há impactos da excessiva agenda ambiental europeia, já que agricultores ficam impedidos de comercializar produtos com o bloco, mesmo que eles estejam de acordo com o Código Florestal do nosso país. A lei da Europa é uma forma de protecionismo comercial com justificativas de preocupação ambiental. Na última semana, o governo brasileiro disse que houve contato para revisão da data em que a lei entrará em vigor.

Na Europa, a onda de protestos contra o excesso de burocracias e agenda verde continuou nos últimos dias. Centenas de tratores novamente fechavam as ruas perto da sede da União Europeia, onde os ministros da agricultura estavam reunidos para tentar aliviar as manifestações. Os agricultores protestaram contra o que consideram burocracia excessiva, práticas comerciais desleais e aumento das exigências ambientais. Ao que tudo indica, a lei antidesmatamento não resistirá e passará por mudanças para entrar em vigor.