Ex-comandante do Planalto diz à CPMI que não houve omissão de militares no 8/1

O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP), afirmou que a inteligência do Exército não lhe passou nenhuma informação sobre o perfil dos manifestantes acampados em frente ao Quartel-General (QG) de Brasília após as eleições de 2022, mas disse que não cabia ao Exército fazer “juízo de valor” sobre o teor dos atos. O general Dutra é o depoente desta quinta-feira, 14, da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de Janeiro. “Não cabia ao Exército fazer qualquer juízo de valor sobre o teor das manifestações ou o controle de legalidade das pautas reivindicadas, sob pena de caracterizar eventual abuso de autoridade”, disse o militar. Para Dutra, o Exército respeitou a legislação que diz que que as forças militares podem atuar apenas em casos de crimes militares. “Nos demais ilícitos, o dever de atuar cabe aos órgãos de segurança pública”, complementou.